O presidente apresentou o seu candidato à vaga do ministro Celso Mello no STF. Apresentou-o, antes, ao presidente do Senado e a dois ministros do STF. Uma reunião inusitada, em se tratando do assunto sucessão no Supremo, que é da alçada exclusiva do Presidente da República. Curiosamente, um dos ministros que participou do encontro havia exposto sua discordância quanto à política de combate à pandemia, levada a efeito pelo governo.

O presidente foi na contramão de tudo o que se esperava, a partir de sua fala. Isso porque havia dito que escolheria um companheiro de rodada de cerveja, ou alguém “terrivelmente” evangélico.

O fato é que o presidente, ao fazer a tal apresentação, colocou o setor evangélico, que o apoia, no seu devido lugar. Mera massa de manobra, com cujas expectativas ele pode brincar à vontade.

E a pensar ainda nos evangélicos, de modo geral, e nos pastores, pastoras e autoridades denominacionais que têm se portado como verdadeiros bufões de péssimo gosto, ao emprestar apoio acrítico a um governo que, a cada dia, e não só agora, nega a todos os valores pelos quais tais personalidades deveriam viver.

Bem, o presidente terá mais uma chance de preencher vaga no STF, em questão, com boa chance de, até lá, manter cativo esse contigente que, cada vez mais, vive de enganar e de ser enganado.

Assista ao programa Daqui pra Frente desta semana, parceria TVT e Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito