olhando para o futuro

Eleições são oportunidade de travessia por um Brasil melhor

Eleitor escolhe o rumo a tomar no pleito deste ano, com chance de recuperar a dignidade nacional, o orgulho de ser brasileiro e brasileira

Alexandre Beck | www.facebook.com/tirasarmandinho

 

A democracia é o exercício da convivência pacífica das diferenças, é a maioria respeitar a minoria e a minoria respeitar a maioria.

Cada vez que um país interrompe a democracia para impor uma ditadura armada com imprensa manipuladora, juízes partidarizados e onipotentes, e militares ameaçadores, todos perdem.

Desde 1985 o Brasil vinha melhorando muito; a qualidade de vida de todos os brasileiros vinha melhorando a olhos vistos. O Brasil do futuro tinha se transformado no Brasil do presente. Por que parou? Parou por quê?

Por vários motivos:

1 – A inclusão de mais de 40 milhões de pessoas na infraestrutura social formou um grande gargalo social, econômico e político;

2 – A não modernização das estruturas do Estado – isto é, poderes centralizadores e não participativos, custosos e inoperantes – levou o povo a desacreditar no serviço público e em seus funcionários;

3 – Estrutura partidária e legislativa corruptora e voltada para si, em detrimento das demandas sociais, levou o povo a não acreditar nos políticos;

4 – A rotatividade de partidos nos governos municipais, estaduais e federal não levou à modernização necessária, pelo contrário, houve uma locupletação geral, levando o povo a não votar ou cancelar o voto;

5 – As instituições da sociedade civil, como OAB, igrejas, imprensa e sindicatos (patronais e dos trabalhadores), também se locupletaram com a estrutura de Estado velha e sem legitimidade;

6 – O empresariado que está pagando para o legislativo fazer o Brasil voltar a antes de 1930, está percebendo que o resultado disso é a barbárie. É o salve-se quem puder. E, com isso, o PCC está crescendo mais do que as empresas.

O Brasil precisa mudar. E para melhor

Para isto, precisamos recuperar as prioridades sociais e resolvê-las conjuntamente, isto é, ninguém tem condições de resolvê-las sozinho. Muito menos pregando o ódio, a repressão, a violência e a ditadura. Juntos e unidos podemos superar nossas dificuldades e deficiências. Pregando o ódio, só colheremos ódio e pobreza.

Neste processo todo, quem anda mais errado é o judiciário. Que os políticos sejam autofágicos, mercenários e corruptos é quase que natural na história do Brasil, mas o Judiciário não pode ser igual aos políticos! Necessariamente tem que ser um exemplo positivo para a sociedade. E, nestas eleições, a palavra final deve ser do povo e não do judiciário.

Quem melhor unifica o Brasil neste momento é Lula

Os seguidores de Lula também precisam fazer demonstrações de que priorizam a melhoria do Brasil, de que querem trabalhar com todos e para todos.

Lula precisa fazer uma nova “Carta aos Brasileiros e Brasileiras”

Garantindo que tanto Lula quanto o PT vão governar respeitando as diferenças sociais, religiosas, políticas, como também respeitar a liberdade de imprensa. É evidente que também precisam garantir que vão priorizar a criação de empregos, melhorar a renda da população, investir mais em saúde, educação e transporte coletivo. Quanto à segurança, a solução passa, necessariamente, por organização das comunidades, de forma solidária, voluntária e estruturada em redes em parceria com os poderes públicos.

É preciso recuperar a dignidade nacional, o orgulho de ser brasileiro e brasileira, é preciso estender a mão e abraçar os diferentes. Sem medo de ser feliz.

Lula tem grandeza para tomar a iniciativa e propor a unidade nacional

Por um Brasil melhor. Muito melhor.

Um Brasil de todos, com todos e para todos.

* Gilmar Carneiro é sindicalista, foi presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Secretário Geral da CUT, um dos fundadores e dirigentes do PT, formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, militante de base da Pastoral da Criança, Espírita da Teologia da Libertação.