ELEIÇÕES 2018

‘Catito mio’ ou ‘O Rio corre para Omar’: Omar Peres quer disputar governo do Rio

Catito quer o PDT, na esteira do carisma de Brizola, memória política que ressurge com enorme força neste momento brasileiro

Facebook

Empresário da indústria naval, Catito escolheu apresentar-se ao eleitorado com seu perfil empresarial, não o de político

Hildegard Angel – Esse mérito ninguém lhe tira. O empresário Omar Resende Peres – o Catito – foi o primeiro a se apresentar como candidato independente ao governo do estado do Rio de Janeiro, nas mídias sociais.

Bem articulado, com um discurso objetivo e de fácil compreensão, em pouco tempo Catito conquistou uma grande legião de seguidores admiradores fiéis, que tudo comentam, e a quase tudo aplaudem. São votos garantidos. Com este animado e super participativo nicho eleitoral no Facebook, a campanha de Catito só cresceu. Em seguida ceio o slogan, muito bom por sinal: O Rio corre para Omar (lembrando O Rio é Nilo, de Nilo Baptista quando foi candidato à reeleição). Um jingle também foi composto e gravado por uma eleitora entusiasta de suas ideias. Eu, pessoalmente, optaria pelo que já está consagrado: Catito mio

Quanto ao partido, Catito negociou com o presidente Lupi, do PDT. A legenda não lhe foi negada, mas também não foi ainda confirmada, Catito é pré-candidato. O que não o impede de continuar firme em campanha pelo Face, já em viagens pelo interior do estado e concedendo entrevistas à mídia impressa e à TV. Como esta que está postada aqui, quadro a quadro, ao programa da CNT do jornalista Ricardo Bruno.

Catito já acertou optando pelo PDT, na esteira do carisma de Brizola, memória política que ressurge com enorme força neste momento brasileiro. Ao olhar da História, Brizola cresce por sua sabedoria política e a singular sensibilidade social. Na entrevista à CNT, o pretendente ao governo do Rio demonstra conhecer as necessidades do Estado e ter um projeto pronto para ele. O que deveria ser o beabá de qualquer candidato, mas infelizmente não é o que acontece.

Empresário da indústria naval, Catito escolheu apresentar-se ao eleitorado com esse perfil, não o de político profissional, apesar de já ter ocupado uma secretaria no governo de Itamar Franco em Minas Gerais. Sabe que, na atualidade, experiência no poder público não qualifica. Ele tem um projeto para o Rio de Janeiro, acredita na retomada de seu desenvolvimento através da indústria naval, vê nesse caminho uma saída. E tem argumentos. É animador, assisti-lo.

No seu caldeirão de projetos borbulha o legado humanista de Brizola. Critica os “mandados coletivos”, que autorizam revista indiscriminadas, pela polícia, de casas de moradores das favelas, “onde 99% são pessoas de bem”, e sonha sonhos de Darcy Ribeiro por um ensino escolar abrangente, que forme cidadãos plenos, preparados para viverem este grande desafio que é ser brasileiro.

Nas frigideiras do noticiário político espocam como pipocas nomes, para cargos majoritários, de candidatos impossíveis possíveis. O ano 2018 bate à porta e estamos todos ainda no ar. Fora do ar. Sem ar. Os ares da política nos intoxicam. A tradição política, em vez de contar pontos, subtrai.

A maré está pra Bernadinhos e Hucks. Até já emplacou um Doria na maior prefeitura do país – no momento lutando com bravura para interromper a oscilação (pra baixo) do ponteiro de sua popularidade.

 

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