A parada LGBT vista do chão

Milhares de pessoas participam da 15¦ Parada do Orgulho GLBT de ão Paulo (Foto: ©Maurício Morais/RBA) Longe dos trios elétricos  e de seus microfones, a verdadeira alma da Parada LGBT […]

Milhares de pessoas participam da 15¦ Parada do Orgulho GLBT de ão Paulo (Foto: ©Maurício Morais/RBA)

Longe dos trios elétricos  e de seus microfones, a verdadeira alma da Parada LGBT está no chão, em cada pessoa que dança e manifesta, a sua maneira, seu apoio à diversidade.

Enoque Arruda e seu companheiro dançavam animadamente ao som da batida eletrônica que contagiava toda a Paulista. Enoque conta que vem à Parada há muitos anos e que gostou do tema desta – ‘Amai-vos uns aos outros’. Apesar de toda a discussão em torno do PL 122 contra a homofobia e a pressão da bancada evangélica, ele diz que se sente mais livre para se expressar do que no passado.

“Eu acho que a escolha desse conceito bíblico foi oportuno e quer demostrar literamente o que ele expressa, a verdade sem preconceito e o amor incondicional”, ressaltou. Privilegiado, Enoque comentou também que o apoio de sua família o ajuda a ser mais confiante para lutar pela causa.

O colorido de uma da maiores paradas LGBT do mundo também chamou a atenção do chinês Fang Ming desde o  ano passado. Em 2011, Fang resolveu trazer a filha e a esposa para assistir ao desfile. Em poucas palavras, o funcionário de uma multinacional japonesa explicou que gostou muito do que viu e que queria compartilhar o momento com sua família.

A diarista Rosineide Silva já participou de outras edições e neste ano resolveu trazer a sua mãe, Maria Aparecida, de 71 anos, para conhecer. “Tenho um filho gay e acho importante acompanhá-lo. Faz três anos que prestigio a Parada”, contou Rosineide.

Devidamente vestida para a ocasião, Maria de Nazaré esbanjava simpatia no Vão do Masp. No auge dos seus 72 anos,  a viúva comentava que acompanha a celebração desde sua primeira edição, há 15 anos ,e que a cada ano ela fica mais bonita. “Todas as pessoas são feitas da mesma coisa e do mesmo jeito, eu não entendo como alguns podem segregar outros por certas diferenças.”