Fichas-sujas cuidarão da reforma política
Paulo Maluf, enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo TRE-SP, é membro da comissão (Foto: Janine Morais/Agência Câmara) Parece brincadeira. Mas não é. Entre os 41 deputados que formarão a […]
Publicado 11/03/2011 - 16h52
Paulo Maluf, enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo TRE-SP, é membro da comissão (Foto: Janine Morais/Agência Câmara)
Parece brincadeira. Mas não é.
Entre os 41 deputados que formarão a Comissão Especial da Reforma Política da Câmara, estão parlamentares fichas-sujas. O objetivo da comissão é elaborar leis que vão disciplinar questões sensíveis, como o financiamento de campanhas eleitorais.
Há deputados acusados de enriquecimento ilícito, que enfrentam ou enfrentaram problemas com a Justiça Eleitoral e que são investigados, entre outras coisas, por uso de caixa dois em campanhas eleitorais em escândalos de corrupção.
O nome mais emblemático é o do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) na eleição de 2010. No site da Interpol, Maluf aparece como procurado por desvio de dinheiro.
Também foram indicados como integrantes dois réus de processos no Supremo Tribunal Federal (STF): Valdemar Costa Neto (PR-SP), que responde a processo, e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que é réu no processo do mensalão do Valerioduto mineiro. O ex-governador Newton Cardoso (PMDB-MG), que atravessou uma separação rumorosa com questionamentos sobre enriquecimento ilícito, também integra a comissão da reforma política.
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