Demagogia tucana sobre o ProUni

Motivo de críticas a Fernando Haddad no Senado, a sobra de vagas se concentra nas bolsas parciais, de 50% da mensalidade, e nas bolsas para cursos a distância (Foto: Paulo […]

Motivo de críticas a Fernando Haddad no Senado, a sobra de vagas se concentra nas bolsas parciais, de 50% da mensalidade, e nas bolsas para cursos a distância (Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Senado)

Em entrevistas, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou o programa Universidade para Todos (Prouni): “O Prouni tem muitas vagas ociosas” disse o senador. No entanto, ele esquece de um fato importante.

A sobra de vagas se concentra nas bolsas parciais, de 50% da mensalidade, e nas bolsas para cursos a distância. Na proposta inicial da lei do ProUni, enviada pelo Executivo ao Congresso, não havia nenhuma dessas possibilidades.

E mais. A redação original do projeto do governo Lula, que criou o programa em 2005, estabelecia que as instituições participantes deveriam oferecer 10% de vagas gratuitas. O Congresso, no entanto, mudou o dispositivo e reduziu o percentual para 7,5%, permitindo que parte das bolsas cobrisse 50% das mensalidades, e não o total. Essas bolsas parciais são as que mais sobram, porque o aluno não consegue pagar o restante das mensalidades.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, já propôs ao Congresso que reveja a norma e termine com as bolsas parciais do programa, assim como as concedidas a cursos a distância. A declaração do ministro foi feita durante audiência na Comissão de Educação do Senado. Portanto, o senador poderia deixar a demagogia de lado e trabalhar para o aluno carente que precisa ter acesso a educação.

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