Revistas aprofundam investigações sobre os fatos da semana

São Paulo – A uma semana das votações para o segundo turno, as principais revistas semanais do país estampam matérias relacionadas a alguns dos acontecimentos dos últimos dias. Destaque para […]

São Paulo – A uma semana das votações para o segundo turno, as principais revistas semanais do país estampam matérias relacionadas a alguns dos acontecimentos dos últimos dias. Destaque para o vazamento do processo da Polícia Federal sobre a origem e motivação da quebra de sigilo de pessoas ligadas ao tucano José Serra.

A Veja tenta emplacar a idéia de que o PT usa a prática de fabricação de dossiês produzidos ilegalmente contra adversários de forma rotineira. A matéria de capa traz um diálogo entre o atual secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay e Romeu Tuma Junior, que ocupava o cargo antes de ser demitido por suspeitas de envolvimento com um grupo mafioso de São Paulo. Segundo a reportagem, Abramovay teria contado a Tuma Junior que recebia constantes pedidos do Planalto para elaborar dossiês.

Como vem acontecendo nas últimas semanas, a matéria levanta dúvidas sobre sua veracidade e deverá ser alvo de apuração mais detalhada nos próximos dias – caso desperte o interesse. A principal razão para questionar sua credibilidade reside em saber o que levaria Abramovay a  “inocentemente” queixar-se justamente com o ex-secretário, que mesmo sob investigação policial recusava-se a deixar o cargo e não escondia sua mágoa com o governo pelo fato.

A Veja tenta desviar a atenção para a aparentemente mal-sucedida tentativa capitaneada pela Folha de S.Paulo de associar a quebra de sigilo fiscal de chegados a Serra à coordenação da campanha de Dilma Rousseff – desde o início da série de reportagens ficou claro que uma guerra dentro da cúpula do PSDB foi o ato gerador das investigação do jornalista Amaury Ribeiro Junior, enquanto este trabalhava para o “Estado de Minas”.

Este jornal tem forte ligação com o ex-governador mineiro, Aécio Neves, que à época das quebras dos sigilos disputava abertamente contra Serra a preferência dos tucanos para concorrer à Presidência. 

Carta Capital traz na capa as duas principais notícias da semana – as versões para a alegada agressão sofrida por José Serra no Rio e a guerra interna entre os peso-pesados do PSDB gerando dossiês e práticas ilegais de parte a parte.

Outro lado

Em contraponto às investidas da maior rival contra a candidatura Dilma, a IstoÉ aprofunda a origem da propaganda de cunho religioso usada na campanha de José Serra e constata a ligação – segundo alguns, ilegal e imoral – entre setores ultra-conservadores e o tucano.

Também lembra que ainda falta esclarecer a ligação entre a campanha de Serra e o ex-diretor da estatal paulista Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, que teria desviado dinheiro não declarado arrecadado em nome do PSDB e que foi preso por interceptação de fruto de roubo.

A revista conta que a delegada que lavrava o flagrante contra Paulo Preto sofreu pressões do alto escalão do tucanato paulista para livrá-lo da prisão e acrescenta uma entrevista do ex-candidato ao governo de São Paulo Celso Russomano que afirma que Preto tinha dinheiro nas meias quando foi levado à delegacia. Na mesma matéria, a revista relata evidências de nepotismo no governo Serra.

Já a Época vem esta semana com uma capa aparentemente equilibrada, propondo uma comparação entre as propostas dos dois candidatos.

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