Narcotráfico e instabilidade mostram divergência de pré-candidatos sobre Bolívia

Os dois pré-candidatos à presidência da República mais bem posicionados em pesquisas de opinião se colocaram de maneira oposta quanto ao Governo atual boliviano de Evo Morales. Apesar de não […]

Os dois pré-candidatos à presidência da República mais bem posicionados em pesquisas de opinião se colocaram de maneira oposta quanto ao Governo atual boliviano de Evo Morales. Apesar de não figurar entre os temas que mais preocupam o eleitorado, a divergência sobre política externa ficou clara em declarações a diferentes veículos de imprensa.

Em entrevista à Rádio Globo, o pré-candidato do PSDB, José Serra, foi questionado sobre o Ministério de Segurança Pública, uma proposta recorrente feita pelo tucano. Ao comentar sobre a importância da criação da pasta, afirmou que governo federal fica alheio a questões de contrabando de armas e drogas e que esses contrabandos são a base do crime organizado no Brasil. A seguir, acusou o governo boliviano de ser “cúmplice do contrabando de cocaína” para o Brasil.

“O Rio de Janeiro não produz cocaína, o crack é detrito da cocaina, é a parte mais vagabunda da cocaína. Mas a cocaína vem 80, 90% da Bolívia. É um governo amigo, fala muito e etc e tal. Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível. O governo boliviano é cúmplice disto. Quem tem que enfrentar essa questão é Governo Federal.”, disse Serra.  Ouça o trecho no site da CBN.

A pré-candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta quinta-feira (27) que não concorda com a “demonização” da Bolívia, ao comentar a declaração feita na quarta-feira (26)  por seu adversário José Serra (PSDB).

“Eu não concordo com o tipo de demonização que se faz com um país como a Bolívia. Temos que construir na América Latina um padrão diferente de relacionamento”

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