O site da CUT reproduz notícia do Dieese que afirma ser possível implementar no Brasil uma redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

Leia no site da CUT.

Nesta semana, as centrais sindicais fizeram pressão em Brasília pela votação imediata da proposta de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), propôs um acordo já rejeitado pelas entidades sindicais de compensação fiscal para promover a redução da jornada de trabalho.

Antes, o deputado havia apresentado a mesma proposta a empresários, que se recusaram ao debate, por defenderem mudanças apenas por meio de negociações setoriais e não por legislação.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que aguarda acordo de líderes para ir a plenário, reduz de 44 para 40 horas semanais a jornada máxima de trabalho.

Segundo Artur Henrique, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a proposta de Temer é fruto da estratégia de pressão das entidades desde o dia 2 de fevereiro, as centrais sindicais mantêm lideranças no Congresso para reivindicar celeridade na votação.

“Não há problemas em negociar a redução de forma paulatina”, afirma Artur. “Mas as centrais não concordam com os benefícios fiscais”, alerta. Segundo o sindicalista, a reivindicação de redução da jornada se baseia em ganhos de produtividade e de lucratividade do setor empresarial alcançados desde a última mudança na carga máxima de trabalho, na Constituição de 1988.