Senador que se recusa a fazer o exame de bafômetro no trânsito pode estar com os dias contados. Simplesmente porque se o seu bafo estiver além da conta o seu carro simplesmente não vai pegar.

É o que promete pesquisa técnica que vem sendo promovida pela National Highway Traffic Administration (NHTSA) dos Estados Unidos em cooperação com a Ford, a GM e a Volkswagen. A Toyota diz estar desenvolvendo sua própria pesquisa, em separado.

O objetivo da pesquisa é desenvolver um “sistema de detecção do nível alcoólico do motorista” – o popular bafômetro, ou outro método – que fique acoplado ao próprio veículo, de modo que se o índice de álcool no organismo do chofer estiver ilegal, o carro ou caminhão simplesmente não pegue.

Haveria em cada veículo dois detectores: um seria um bafômetro propriamente dito acoplado ao volante, capaz de medir o resíduo alcoólico no bafo através da respiração normal. O outro seria um medidor através de raio infra-vermelho acoplado ao mecanismo da partida, que mais e mais vem sendo ativado através da pressão de um botão em vez das tradicionais chaves.

A NHTSA estima que em cinco anos os dispositivos estarão disponíveis. O próximo passo será tornar sua instalação obrigatória, assim como hoje são os cintos de segurança, air bags etc.

Nos Estados Unidos, as estatísticas dizem que há 10 mil mortes por ano no trânsito ligadas ao excesso de álcool. No Reino Unido, este número é de 230, e na Escócia, terra do uísque, ele não passa de 20. Na Escócia, a lei é mais rigorosa. Na Inglaterra, por exemplo, a quantidade aceita é de 80 mg por 100 ml de sangue. Na Escócia, o limite é de 20 mg. Isso faz com que um motorista que esteja no limite legal na Inglaterra se torne um infrator se atravessar a divisa escocesa.

Tomara que esses dispositivos cheguem também ao Brasil. Aí é que senador alcoolizado vai ter de andar a pé, de ônibus, metrô, ou chamar um táxi. Como deve ser.