Para discutir no boteco

#TeveCopa: relembre os melhores momentos fora de campo

O Copa na Rede apresenta uma lista já saudosa do que de melhor aconteceu na Copa que muitos consideram a melhor das últimas décadas

Felipe Trueba/EFE

Holandeses fizeram a festa no Brasil e foram uma das torcidas mais animadas

A Copa do Mundo de 2014 acabou, o que implicaria necessariamente que tenha acontecido: #TeveCopa. Aconteceu tanto, dentro e fora dos gramados, que muita gente a tem considerado como a melhor em algumas décadas. Se no campo o alto número de gols (média de 2,67, a melhor desde 1994) e jogos surpreendentes tornam o torneio inesquecível, fora dele também houve muita coisa para se guardar na memória.

Com o espírito já cheio de saudades, o Copa na Rede organizou uma nostálgica listinha com o que de melhor rolou na Copa. Se não servir para mais nada, garante munição para o próximo debate na mesa do bar:

Torcidas geniais

A torcida estrangeira veio em peso e confraternizou com os locais, coloriu as ruas e entornou uma quantidade cavalar de álcool em cada uma das cidades-sede. Começou com as invasões de vizinhos sul-americanos, como colombianos, chilenos e argentinos – ainda que a presença de 100 mil destes últimos no Rio de Janeiro para acompanhar a final tenha deixado a vida mais dura após a eliminação do Brasil.

Além deles, destaque para os apoiadores de Inglaterra e Holanda. Ingleses vestidos de cavaleiros ocuparam Manaus e elogiaram a cerveja brasileira (quanto álcool circulava no corpo desses caras para elogiar a Itaipava?). Os holandeses trouxeram seu próprio ônibus, sua própria banda e tingiram de laranja todas as cidades por onde passaram. A banda chegou a fazer uma jam session com a banda da polícia de Porto Alegre. De uma maneira geral, a fala dos visitantes mostra satisfação com a acolhida brasileira.

Copa da zuêra

Nunca antes na internet houve tanta piada e tanto meme do que nessa Copa. Foi tanta zuêra que pipocaram perfis nas redes sociais para compilar as melhores piadas. Esse Copa na Rede selecionou alguns aqui. Mas qualquer compilação será limitada. A zuêra nunca acaba, como bem mostram as infinitas piadas criadas depois da derrota do Brasil para a Alemanha.

Alemães baianos

A escolha da Bahia como ponto de concentração fez muito bem aos jogadores da Alemanha. Logo nos primeiros dias, a equipe apareceu conhecendo uma tribo indígena local. Nos passeios na praia, os atletas mostravam-se solícitos e simpáticos com os torcedores brasileiros. Depois da vitória acachapante sobre o Brasil, vários alemães divulgaram mensagens de incentivo para os torcedores nacionais.

Tudo isso já seria o suficiente para angariar simpatia, mas o atacante reserva Lukas Podolski resolveu elevar a baianidade a níveis inalcançáveis. Em sua conta no Twitter, o atleta afirmou (em português!) que estava tão acostumado ao Brasil que já estava assistindo novela. Depois, citou Cumpádi Washington. Zerou a internet.

Imagem do Brasil no mundo

A Copa, assim como outros megaeventos, tem como objetivo expor o país-sede para o mundo. Se até o início do torneio estávamos receosos daquilo que seria mostrado em bilhões de televisores pelo globo afora, a realidade mostrou que o receio era infundado. O Mundial foi um sucesso, não houve caos aéreo, os turistas elogiaram a organização e a hospitalidade. É impossível prever se o alvo primordial dessa propaganda – turistas endinheirados de EUA e Europa – colocarão o país em suas listas de países a visitar, mas fizemos o que precisava ser feito.

Farofa

Parece zuêra (mais uma) mas é verdade. Os gringos descobriram a farofa e estão curtindo. Ponto para o Brasil.

Prisão da máfia dos ingressos

Um esquema criminoso de venda de entradas para os jogos da Copa, que operava pelo menos desde o Mundial da Alemanha, em 2006, foi descoberto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A prisão em si durou pouco. Uma vez solto por habeas corpus, o britânico Ray Whelan, acusado de chefiar o esquema que tem íntima relação com a Fifa, desapareceu. Mas as investigações continuam e podem abalar as estruturas da entidade mundial do futebol. Oremos.