Mais um 0 a 0

Bélgica bate Estados Unidos na prorrogação e pega a Argentina

Diabos Vermelhos dominaram a partida, mas pararam na excelente atuação do goleiro Howard. Agora eles são a esperança dos secadores: encaram a Argentina nas quartas

Ali Haider/EFE

O camisa 7 De Bruyne corre para o abraço após vencer o grande Tim Howard. Comemora, que não foi fácil

Um 0 a 0 no tempo regulamentar entre Bélgica e Estados Unidos finalizou as partidas das oitavas de final da Copa 2014, mantendo a “tradição” das oitavas de poucos gols nos 90 minutos e muitos sofrimentos para todos os lados. Mesmo com os 2 a 1 na prorrogação, a partida diminuiu a mística da Fonte Nova, estádio que se notabilizou pelo alto número de gols na primeira fase.

A classificação dos europeus veio com dois gols na prorrogação, em duas jogadas entre De Bruynne, melhor em campo, e Lukaku, que só entrou após o tempo regulamentar e achou os espaços que o ataque belga não conseguiu durante o tempo regulamentar. O gol norte-americano foi marcado por Green, na segunda etapa da prorrogação. Com a justa vitória, os Diabos Vermelhos enfrentam a argentina nas quartas de final, no dia 5, em Brasília.

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A partida mostrou domínio belga, que buscou o ataque o tempo todo e impôs sua maior qualidade técnica sobre os EUA. Foram mais de 30 chutes da Bélgica durante a partida contra o gol defendido por Tim Howard, que evitou uma goleada com uma atuação excelente.

Já no início da primeira etapa a Bélgica começa no ataque: no primeiro minuto, Origi finaliza pela direita e exige a primeira defesa de Howard.

Depois dos primeiros minutos de pressão, os EUA equilibraram o jogo com arrancadas rápidas de seus laterais, Beasley e Johnson. O jogo ficou muito corrido, com muita marcação, tentativas de bolas esticadas e cruzamentos de ambos os lados.

O jogo ia parelho, mas a maior qualidade técnica belga já começava a se impor no jogo e os Diabos Vermelhos conseguiram chegar mais perto do gol de Howard, também pelos lados, com Hazard e Mertens.

Os estadunidenses tiveram sua primeira chance em tabela entre Bradley e Dempsey na entrada da área, que terminou com finalização do camisa 8, para defesa de Cortouis.

A partir dos 20 minutos, só deu Bélgica, chegando várias vezes pela esquerda com Hazard e o lateral esquerdo Vertonghen.

Aos 22, o camisa 5 roubou a bola no meio campo, puxou o contra-ataque rápido e tocou para De Bruyne. Depois de um corte bem dado no zagueiro, o chute foi para fora. Aos 25, um belo passe de primeira de Hazard deixou o Vertongehn sozinho para invadir a área. Ele tentou o cruzamento, mas Beasley cortou pouco antes de a gorduchinha chegar até Fellaini na pequena área.

A primeira resposta dos EUA veio aos 40 minutos, quando o lateral direito Yedlin (que entrou no lugar de Johnson, contundido) cheogu Pa linah de fundo e cruzou rasteiro para trás, mas Bradley pegou mal na finalização.

Na segunda etapa, o domínio belga foi ainda mais claro, com várias chances de gol surgindo. Logo aos 2 minutos, tabela da Bélgica pelo lado direito e De Bruyne cruzou para cabeçada de Mertens, que deu trabalho para Howard. Outra chance de cabeça aconteceu aos 11, quando Origi acertou o travessão.

Logo em seguida, duas boas finalizações de Vertohngen: primeiro, ele invade a área e bate para bela defesa de Howard com os pés. Na sequência, bola levantada da esquerda e o camisa 5 pegou de primeira, em belo chute para fora.

Uma das melhores chances aconteceu aos 15, quando Hazard tabelou com Origi, que invadiu a área e cruzou para Mertens, que finalizou de letra, raspando a trave.

O gol belga parecia uma questão de tempo, mas os 90 minutos regulamentares não foram o bastante para abrir o placar. Mas logo aos dois minutos da prorrogação, Lukaku, que havia acabado de entrar, escapa pela ponta direita e toca na área para De Bruyne. O zagueiro tentou cortar, mas o camisa 7 dominou, girou com tranquilidade e chutou cruzado, vencendo Howard. Finalmente, 1 a 0 no marcador.

O segundo saiu no finalzinho da primeira etapa da prorrogação, agora invertendo os papeis: dessa vez foi Lukaku quem recebeu de De Bruyne e finaliza sem chances para o goleiro. Eis que se alcançavam 2 a 0.

Parecia o fim das esperanças estadunidenses, mas os conterrâneos de Obama lembraram: “yes, we can“. E aos 2 minutos do segundo tempo da prorrogação, Bradley acertou um lindo passe por sobre a zaga e o atacante Green, que tinha acabado de entrar, deu um toquinho para tirar de Courtois. Estava 2 a 1.

O gol incendiou as esperanças dos americanos, que perderam ainda chances claríssimas para empatar com Jones, Wondolowski e Dempsey.

Mas ficou por isso mesmo, justa vitória belga sobre a brava equipe americana.