Arbitragem tenebrosa

México 1 x 0 Camarões: mexicanos marcam três gols pra valer um

Mesmo com dois gols legítimos anulados, seleção de Miguel Herrera garantiu a vitória com Oribe Peralta

KAMIL KRZACZYNSKI/EFE

Oribe Peralta celebra o gol do triunfo mexicano sobre os camaroneses

Em uma partida marcada por dois gols mexicanos anulados de forma equivocada na Arena das Dunas, em Natal, a seleção comandada por Miguel Herrera bateu Camarões por 1 a 0. O placar não traduziu a ampla superioridade do time, mas garantiu os três importantes pontos na disputa por uma das duas vagas do Grupo A da Copa do Mundo.

O México entrou em campo com o incômodo tabu de nunca ter vencido uma seleção africana em copas. Até a peleja de hoje, foram três partidas: derrota para a Tunísia, em 1978, por 3 a 1, e dois empates, 0 a 0 com Angola, em 2006, e 1 a 1 contra a África do Sul, em 2010. E, aos 10 minutos, um lance fez o torcedor crer que a “maldição” iria continuar. No meio da área, Giovani dos Santos recebeu cruzamento vindo da direita e bateu de primeira, com a canhota, para o gol. O auxiliar assinalou impedimento, mas o jogador estava na mesma linha da defesa africana.

Enquanto a seleção mexicana trocava passes e tocava bem a bola, chegando a ter 67% de posse da redonda ao fim do primeiro tempo, Camarões mostrava não só menos disposição que os rivais como também não conseguia chegar ao ataque, se limitando à defesa e à esperança de contragolpes. Assim, nada mais natural que os vizinhos dos EUA chegassem mais uma vez às redes. De novo, um tento legítimo anulado.

O segundo erro da arbitragem, mais crasso que o primeiro, aconteceu aos 28, quando Giovani dos Santos escorou para o gol após escanteio cobrado do lado esquerdo. O bandeira mais uma vez anotou impedimento, mas a bola foi tocada de cabeça por um zagueiro camaronês, o que tiraria a condição irregular do atacante.

Na etapa final, Camarões voltou do intervalo tentando tomar um pouco mais de iniciativa, mas os mexicanos continuaram mandando na partida. Aos 2, Giovani dos Santos tocou para dentro da área, mas o goleiro Itandje fez uma grande defesa. Os africanos ameaçaram com Ekotto, em cobrança de falta que tocou em Vázquez na barreira e quase pega o arqueiro Ochoa no contrapé.

Mas, àquela altura, pelo volume de jogo mexicano e também pelos gols anulados, seria injusto os conterrâneos de Chapolin não marcarem o seu. E o tento veio finalmente aos 15 minutos, mais uma vez com Giovani dos Santos, o mais participativo jogador de La Tri, que entrou na área e chutou cruzado para a defesa parcial de Itanjde. No rebote, o atacante Oribe Peralta, do Santos Laguna, só empurrou para o fundo da rede.

Mesmo com desvantagem no placar, a seleção camaronesa continuou abusando dos erros no meio de campo e na defesa, sem velocidade na transição e com bolas longas para o ataque que não resultavam em perigo à meta de Ochoa. Assim, debaixo de muita chuva, a tarefa de segurar a vantagem ficou mais fácil para os mexicanos, que tomaram um susto somente nos último minutos, quando Moukandjo cabeceou sem marcação e Ochoa fez uma plástica defesa. Chicharito Hernández, que entrou no segundo tempo, ainda desperdiçou uma chance no minuto final, mas o que valeu foi o placar mínimo.

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