A Fifa divulgou a lista dos 736 jogadores e 32 técnicos convocados para a Copa. A relação não considera cortes intempestivos dos últimos dois dias, mas permite cruzamentos deveras interessantes.

Analisando o país em que atuam profissionalmente os 736 jogadores registrados, a liga inglesa de futebol é a que terá mais jogadores na Copa. Serão 114 nessa condição. Depois, vem a italiana, com 81. A Bundesliga, campeonato alemão de futebol, envia 78.

Somadas as ligas inglesa, italiana e alemã, são 273 jogadores, o que equivale a 37,1% de toda a Copa. Se incluídos os 64 do quarto colocado, o campeonato espanhol, a proporção alcança 45% do total.

A seleção nacional mais, digamos, nacional é a da Rússia. Dos 23 convocados da representação dos anfitriões da Copa de 2018, todos atuam em seu próprio país. Curiosamente, o técnico é estrangeiro: o italiano Fabio Capello foi o responsável por escolher os integrantes da equipe. Outros 11 de oito nacionalidades que também disputam o “Russão” participam do Mundial no Brasil — cada qual vestindo a camisa de seu país, naturalmente.

Apenas um jogador da Inglaterra joga fora de seu país: Foster atua na Escócia. As mais “internacionais” seleções são quatro, empatadas. Apenas um convocado atua na liga nacional de Bósnia Herzegovina, de Costa do Marfim, de Gana e do Uruguai.

À lista de distribuição:

* Países não classificados para a Copa 2014

Brasileirão, brasileirinho

No Brasil, quatro jogam o Brasileirão (Jefferson, do Botafogo; Fred, do Fluminense; Jô e Victor, do Atlético-MG).

O número é apenas um a mais do que o de uruguaios que jogam no Brasil (Martin Silva, do Vasco; Nicolas Lodero, do Botafogo, e Alvaro Pereira, do São Paulo). São três também os chileno-brasileiros: Charles Aranguiz, do Inter-RS; Eugenio Mena, do Santos, e Jorge Valdívia, do Palmeiras. Erazo é o representante do Flamengo no Equador.

Ao todo, o campeonato verde e amarelo fornece 11 atletas ao Mundial, distribuídos em quatro times.

Professor, mas pode chamar de “lehrer”

Entre os treinadores, a Alemanha parece ser, atualmente, a escola de futebol mais admirada do mundo. Serão quatro técnicos no Mundial. Além dos próprios alemães (Joachin Low), serão comandados por germânicos os escretes dos Estados Unidos (Juergen Klinsmann), Camarões (Volker Finke) e Suíça (Ottmar Hitzfeld).

Argentina, Colômbia, Itália e Portugal enviarão três treinadores cada para a Copa. O Brasil só terá mesmo Luiz Felipe Scolari entre os técnicos.

Curiosamente, haverá mais técnicos de nacionalidade bósnia do que jogadores atuando pela liga do país da antiga Iugoslávia. Vahid Halilhodzic comanda a Argélia, enquanto Safet Susic é o treinador de sua Bósnia Herzegovina. Só o goleiro reserva bósnio Asmir Avdukic joga por lá. Veja outros técnicos estrangeiros na competição aqui.

Times e cidades

Entre os times, segundo os dados da Fifa, o Bayern de Munique é o que mais cede jogadores. Pela lista da federação, seriam 15. Mas, por cortes motivados por contusão, o time alemão acabou passado para trás pelo Manchester United, que fornece 14 para a Copa.

A turma que joga por clubes da cidade de Manchester, aliás, é a que mais comparece ao Brasil. Por causa do United e do City, são 24 os que jogam por times da cidade inglesa, mais do que os 23 que compõem o elenco de um país. Depois, vem Madri, com 21 (12 do Real, nove do Atlético).