Vitória quase em casa

Chile faz partida irregular, mas vence Austrália por 3 a 1

Após um ótimo começo com dois gols, equipe de Alexis Sanchez faz segundo tempo fraco e quase se complica

Gerry Penny/EFE

Destaque da partida, Alexis Sanchez comemora o primeiro gol chileno

A seleção chilena não decepcionou os milhares de torcedores que compareceram à Arena Pantanal e venceu a Austrália por 3 a 1 na noite desta sexta-feira. Após um primeiro tempo muito bom, a equipe quase permitiu a recuperação dos australianos na segunda etapa, mas garantiu a vitória e o segundo lugar do Grupo B no finalzinho da partida.

As diferenças entre as equipes são marcantes: do lado chileno, jogadores rápidos e habilidosos impõem um estilo agressivo de futebol, com toque de bola rápido e marcação adiantada; do lado australiano, uma equipe muito forte, alta e com pouca técnica, que marcava em seu campo e apostava nos contra-ataques e, principalmente, nas bolas cruzadas pelo alto.

No duelo entre força e técnica, o Chile levou a melhor. Dominou a partida desde o início, praticamente impedindo os australianos de sequer chegar com a bola dominada no ataque, e armando boas jogadas, especialmente com Alexis Sanchez e o palmeirense Valdívia. A linha defensiva chilena joga tão avançada que mais de uma vez o goleiro Claudio Bravo apareceu como um líbero para fazer a saída de bola, avançando vários metros para fora da área.

Com essa pressão, os gols não demoraram a sair. Aos 11 minutos, Sanches e Aránguiz fizeram uma jogada pela direita. O atacante quase foi desarmado, mas o volante recuperou a bola e cruzou. A bola foi rebatida e sobrou para Sanchez, que marcou de direita. O segundo gol veio 2 minutos depois, novamente com a participação do jogador do Barcelona. Aos 13 minutos, recebeu na meia direita de costas para a área australiana, girou facilmente sobre o marcador. Ele carregou a bola até a entrada da área e achou Valdívia, que dominou e mandou de direita no ângulo de Mat Ryan.

Os gols desnortearam ainda mais a Austrália, que errava passes em suas tentativas de contragolpear. Até que, aos 35 minutos, o veterano Cahill, artilheiro dos Socceroos, levantou os braços na área cobrando um cruzamento. A bola veio da direita e a cabeçada tirando do goleiro foi mortal. O gol animou a Austrália, que ensaiou uma pressão no campo chileno, mas durou pouco. Cinco minutos depois, os compatriotas de Allende já voltavam a controlar a partida e o lateral Isla perdeu um gol cara a cara com o goleiro Mat Ryan.

No segundo tempo, a Austrália começou a levar mais perigo nos contra-ataques, especialmente com o camisa 7 Leckie. Nessa, conseguiu duas boas chegadas antes dos 10 minutos, ambas em cruzamentos para Cahill. Na segunda, o camisa 4 estufou as redes de cabeça, mas o bandeira marcou impedimento – corretamente desta vez. Na sequência, nova arrancada de Lequie, cruzamento da esquerda e a bola chegou a Bresciano, que exigiu um pequeno milagre do goleiro Claudio Bravo.

Aos 15, o Chile respondeu com Vargas, que recebeu de Sanchez na pequena área, dividiu com o goleiro e conseguiu tocar fraquinho para o gol. A bola foi pingando para o gol, mas a zaga australiana conseguiu tirar em cima da linha.

A seleção sul-americana via um jogo que começou bem fácil tornar-se complicado. A marcação no campo adversário afrouxou e expôs um sistema defensivo frágil. Se os atacantes australianos fossem um pouco mais do que apenas esforçados, poderiam ter botado água no vinho Carménère andino.

O sufoco só acabou aos 47 minutos, quando Beausejour pegou a sobra de um chute de Pinilla e mandou um belo chute de fora da área, no canto direito de Ryan. Foi o último ato da partida, que acabou aos 49.

Chile e Austrália encaram agora duas pedreiras na segunda rodada do Grupo B, no dia 18. Às 13h, os australianos encaram a embalada Holanda no Beira Rio, em Porto Alegre, enquanto o Chile pega os feridos campeões mundiais da Espanha, às 16h, no Maracanã. Um grupo que promete belas partidas.

Leia também

Últimas notícias