Tucanos têm recaída e chamam Bolsa Família de ‘compra de votos’

Desinformação ou má fé, site oficial do PSDB segue errando ao atacar política de inclusão social iniciada com Lula (reprodução) O ‘site’ oficial do PSDB na internet abriu fogo contra […]

Desinformação ou má fé, site oficial do PSDB segue errando ao atacar política de inclusão social iniciada com Lula (reprodução)

O ‘site’ oficial do PSDB na internet abriu fogo contra os cidadãos de baixa renda que exercem seus direitos de receber o Bolsa Família, ofendendo-os ao acusar de “vender seus votos” em troca do benefício. A postura do tucanato demonstra uma visão preconceituosa contra a consciência cidadã dos mais pobres. 

Ao contrário da tese tucana, o programa Bolsa Família tem efeito emancipatório do voto, pois reduz a dependência dos mais pobres de favores materiais providos por maus políticos (ao arrepio da lei). Além disso, o cidadão mais pobre também vota com sua consciência e com a avaliação que faz das candidaturas pelo conjunto da obra e das propostas e não apenas por um único programa. E convenhamos que não é uma boa proposta política atacar um programa com resultados comprovados, mundialmente aprovado, copiado, elogiado, e bem avaliado pela população.

Na ânsia de atacar o Bolsa Família, o PSDB repete chavões reacionários quando volta ao tempo em que comparava o programa a esmolas, e volta a dizer que “perpetua a miséria”, quando a dinâmica de ascensão social no Brasil desmente categoricamente esse tese, ao longo do tempo. O tucanato apela até a um vídeo usado na campanha de 2010, quando o jurista Hélio Bicudo demonstrava um inexplicável ressentimento contra o governo Lula e dava declarações descontextualizadas e com argumentos frágeis, fora da realidade.

Os tucanos repetem o ranço das velhas oligarquias reacionárias que conspiram contra conquistas sociais históricas do Brasil. São os herdeiros daqueles que se opuseram à lei Áurea, à criação da CLT, ao salário mínimo, aos subsídios à previdência social para idosos de baixa renda. E são os que praticaram o governo neoliberal dos anos 90 que tanto sacrifício trouxe aos trabalhadores e aos brasileiros mais pobres.

Não por acaso, um de seus principais líderes políticos, José Serra (PSDB-SP) foi reprovado com nota 3,75 na Constituinte de 1988 (*), em avaliação feita pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), de acordo com o voto do parlamentar nos temas de interesse social e dos trabalhadores. 

Ele votou:

– contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;

– contra mais garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;

– negou seu voto pelo direito de greve;

– negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;

– negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;

– negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;

– negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;

– negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;

– votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;

– votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo.

 

(*) Do livro “Quem foi quem na Constituinte”