O que Jules-Fernand-Henri Léger, Pierre-Auguste Renoir, Marc Chagall e Édouard Manet possuem em comum? Além de serem grandes nomes da pintura, terem nascido e/ou vivido durante boa parte da vida na França, e nascido no século XIX atuando até o XX, os quatro estão presentes na “Exposição Mestres Franceses”, em cartaz no Palácio Anchieta, em Vitória (ES).

Mestre da pintura cubista, Léger destacou-se como autor de muitas litografias. A exposição conta com obras da série “O Circo”, realizada cinco anos antes da morte do artista, em 1955. As telas destacam-se pela alegria das cores, com certo tom até infantil, alegre e vivo; e pelas figuras, que vão de acrobatas a palhaços e músicos.

Mas também há obras em preto e branco, curiosamente com certas semelhanças com as ilustrações da literatura de cordel. Chama atenção uma tela em que um garoto aparece tocando flauta, sentado no ombro de uma mulher. Merece destaque ainda duas telas que retratam o mesmo cenário, só que de ângulos diferentes.

Pierre-Auguste Renoir tornou-se um dos mais importantes nomes do movimento impressionista graças principalmente aos retratos que realizou. Entre eles, ressaltam-se na exposição o do filho do artista, Claude, de cabeça baixa, de 1904; o do compositor Richard Wagner, de 1900; além da “Banhista sentada”, de 1906, realizada em água forte; e “O Chapéu Preso com Alfinete”, realizada em ponta seca, em 1894.

Nascido na Bielorrússia, Marc Chagall destacou como gravurista surrealista, mas também realizou pinturas e cerâmicas. Na mostra em cartaz em Vitória (ES), é possível ver 25 litografias coloridas com temáticas bíblicas, já que durante 25 anos o artista se dedicou a ilustrar o livro sagrado. Nessas telas, chama atenção a forte presença do uso de figuras geométricas e de muitas cores, com a constância do tom laranja, realçando a aspereza dos cenários.

Um dos mais importantes artistas do século XIX, Édouard Manet é representado na exposição com sua multiplicidade temática, indo de retratos de escritores contemporâneos, como Charles Baudelaire, Théodore de Banville e Edgar Allan Poe; a figuras populares, como em “O violonista ou o cantor espanhol” (1871) e “A fila em frente do açougue” (1871).

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