Álvaro Dias traz assunto de ET’s à CPI para ‘abduzir’ Perillo e se dá mal

O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que fez a campanha de rádio do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), confirmou à CPI do Cachoeira que recebeu parte do dinheiro pelos serviços através de […]

O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que fez a campanha de rádio do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), confirmou à CPI do Cachoeira que recebeu parte do dinheiro pelos serviços através de empresas de fachada de Carlinhos Cachoeira (a Alberto & Pantoja Construções e a Adécio & Rafael Construção e Terraplanagem).

Para o relator da CPMI, Odair Cunha (PT-MG), “Ficou evidente que a campanha (de Perillo) foi financiada com dinheiro do crime”.

Bordoni foi um dos poucos depoentes ligado à Perillo que não usou direito de silêncio, nem pediu habeas corpus. Ele também ofereceu à CPMI os sigilos fiscal, bancário e telefônico dele e da sua filha (pois foi na conta dela que foi feito o depósito para pagar parte da empreitada).

As declarações deixaram os parlamentares tucanos a beira de um ataque de nervos. Eles tentaram intimidar e desmoralizar a testemunha, mas não tiveram êxito.

O mais exaltado foi o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). O tucano tentou intimidar Bordoni citando condenações na Justiça, por textos publicados na imprensa, e agressões físicas que o jornalista já teria sofrido. Mas Bordoni rebateu. Lembrou que os textos defendiam justamente Perillo, quando o governador tucano foi processado pelo Ministério Público. Os procuradores não gostaram e processaram o jornalista. A ação contra Bordoni foi anulada, porque havia prescrito.

O clima esquentou quando Bordoni disse que “não iria admitir que se faça qualquer ilação do seu nome com o contraventor”, respondendo à provocações de Sampaio, que respondeu aos gritos: “Não concebo que Vossa Excelência se dirija a mim”.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) perguntou se Bordoni disse ter sido abduzido por ETs, como publicado em um blog de Goiás. O jornalista respondeu com ironia: “Sim, inclusive encontrei todas as pessoas que passaram a informação ao senhor”, provocando risadas. Bordoni se desculpou pela ironia e disse que o blog é de um “afilhado” de Perillo que está “tentando desconstruir sua imagem diante da opinião pública”.

A tentativa dos tucanos de desmoralizar Bordoni foi uma estratégia temerosa, pois como Perillo explicaria ter confiado o programa de rádio de toda sua campanha a ele, se fosse uma pessoa desqualificada?

O fato é que a voz que comandou todos os programas eleitorais de rádio de Perillo é uma testemunha de dentro da campanha que vivenciou o que se passou lá. Diferentemente dos demais, que silenciaram, resolveu falar, e os cheques vindos das empresas de Cachoeira dão uma forte sustentação à sua história.

A chapa de Perillo voltou a esquentar