Copa 2014, PNMU e trem-bala nas dicas para o final de semana

Mais uma sexta-feira, mais algumas dicas para o final de semana. Começando por um toque para a agenda de discussões sobre as obras para a realização da Copa do Mundo […]

Mais uma sexta-feira, mais algumas dicas para o final de semana. Começando por um toque para a agenda de discussões sobre as obras para a realização da Copa do Mundo no Brasil. Começa neste sábado (21), em Porto Alegre, e se estende até o dia 24 o encontro da Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa de 2014.

No sábado, a partir das 9h, as entidades realizam um Ato Público contra a precarização do trabalho nos aeroportos e contra as remoções. Durante o sábado e o domingo, representantes de comunidades atingidas farão um balanço sobre as mobilizações organizadas pelos comitês em 2011 e proporão pautas de reivindicações e atividades para 2012. A articulação é composta por comunidades atingidas pelas obras da Copa e Olimpíadas, movimentos sociais e populares, entidades, organizações e militantes que defendem uma Copa inclusiva, democrática e sem violações de direitos humanos. Veja mais sobre a programação do encontro no site do Comitê Popular de Porto Alegre.

Uma dica de leitura é a entrevista concedida pelo arquiteto Alexandre Delijaicov, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) ao site Mobilize, especializado em mobilidade urbana. Ele fala sobre a nova Política Nacional de Mobilidade Urbana, que considera “um salto extraordinário rumo à civilização”, especialmente por colocar o pedestre e os meios de transporte não motorizados como prioridades. “Ao se voltar para o pedestre, ao ciclista, às crianças, aos portadores de problemas físicos e aos idosos, o texto toca na raiz das premissas humanistas, sociais, públicas e coletivas que almejamos”, destaca.

Por fim, o blog Conversa de Engenheiro, Danilo Sili Borges, engenheiro civil e professor aposentado da UnB, discute a proposta de construção do trem de alta velocidade (TAV) entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Ele resgata parte da história da ferrovia no Brasil e exalta a capacidade da engenharia brasileira no setor.

“Uma ligação ferroviária de alto desempenho entre as duas maiores regiões metropolitanas do país não é aconselhável? A óbvia resposta é SIM. Mas observadas certas condicionantes”, diz o professor, que coloca a utilização de tecnologia nacional como primordial para a obra – com o desenvolvimento de novas técnicas, se necessário, para atingir as velocidades mais altas. “As novas ferrovias ou as que venham a ser remodeladas devem ter qualidade para suportar composições que trafeguem com velocidades de até 150 km/h. Paulatinamente, quando tivermos uma rede razoável, iremos ligar os centros urbanos pelos confortáveis trens de alta velocidade, mas nascidos da nossa inteligência”, avalia.