O que o discurso mais duro do PSDB não esperava

Derrotado pelo PT na eleição presidencial de 2010, a terceira consecutiva, o PSDB  resolveu  mudar o discurso. Com base em diversas pesquisas de opinião comandadas pelo cientista político Antônio Lavareda, […]

Derrotado pelo PT na eleição presidencial de 2010, a terceira consecutiva, o PSDB  resolveu  mudar o discurso. Com base em diversas pesquisas de opinião comandadas pelo cientista político Antônio Lavareda, o partido diz que perdeu o medo de criticar o bem avaliado “legado” de Luiz Inácio Lula da Silva e a gestão Dilma Rousseff. Por isso, promete subir o tom. Além disso, os caciques tucanos fizeram uma autocrítica e lançaram uma ofensiva para resgatar os anos de Fernando Henrique Cardoso na presidência e a defesa de seu pilar ideológico, as privatizações.

“Nosso discurso em 2012 será mais forte e incisivo”, promete o deputado federal pernambucano Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Na semana passada, a direção executiva do partido finalizou um documento chamado “Balanço crítico de 2011” onde faz um ataque assertivo ao primeiro ano de Dilma Rousseff. “A economia primário-exportadora, que o Brasil deixou para trás há mais de meio século, está de volta sob os auspícios de Lula e Dilma”, disse o tucano.

Aqui entre nós, Sérgio Guerra está totalmente equivocado ou agindo de má-fé quando fala na economia do Brasil. Nunca antes na história deste país o Brasil foi a sexta economia do mundo. Na época de FHC, caímos da oitava posição para a 11ª. Com Lula e Dilma, avançamos a sexta posição e vamos agora para a quinta economia. Os tucanos escondem isso.

Projeções indicam que ultrapassará França em 2014 e a Alemanha em 2020.

Na segunda-feira (26), o Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios britânico (CEBR, na sigla em inglês), apontou que o Reino Unido já não é a mais a sexta maior potência económica do mundo, por ter sido ultrapassado pelo Brasil. O cálculo considera o Produto Interno Bruto (PIB) medido em dólares à taxa de câmbio corrente.

Estudo semelhante, da Economist Intelligence Unit, empresa de consultadoria  que pertence ao  grupo da revista The Economist, foi divulgada em 13 de dezembro no jornal Exame Expresso, de Portugal, mas só foi noticiado amplamente no Brasil 13 dias depois. Ajudou o fato de dois dos principais jornais britânicos – The Guardian e Daily Mail – terem dado ampla cobertura a respeito.

Para o ministro da Fazenda Guido Mantega, o país tende a se consolidar na posição porque continuará a crescer em um ritmo maior que as outras economias por causa da crise financeira.

No entanto, Mantega reconheceu que o País ainda precisa investir mais nas áreas social e econômica e que o Brasil vai demorar entre 10 a 20 anos para ter um padrão de vida europeu. “Isso significa que nós vamos ter que continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população”, disse o ministro.

De acordo com a consultoria britânica especializada em análises econômicas, a queda do Reino Unido no ranking das maiores economias continuará nos próximos anos, com Rússia e Índia empurrando o país para a oitava posição. A entidade prevê ainda que a economia britânica vai superar a francesa até 2016.

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