Tears for Fears reforça onda saudosista nos palcos do Brasil

Curtis Smith, do Tears for Fears, durante apresentação em São Paulo (Foto: ©Rafael Koch Rossi/T4F/Divulgação) Um rapaz comenta com a namorada, orgulhoso: “Já vi aqui A-Ha e Simply Red”. Outro […]

Curtis Smith, do Tears for Fears, durante apresentação em São Paulo (Foto: ©Rafael Koch Rossi/T4F/Divulgação)

Um rapaz comenta com a namorada, orgulhoso: “Já vi aqui A-Ha e Simply Red”. Outro caminha com uma camiseta com a seguinte frase estampada: “Saudade dos anos 80”. Esse clima saudosista marcou o show da noite de quinta-feira (6) no Credicard Hall, em São Paulo, da dupla britânica “new wave” Tears for Fears – há quinze anos eles não se apresentavam no Brasil e os dois shows agendados na capital paulista já estão há meses com os ingressos esgotados. Agora ela segue para Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e retorna para São Paulo para um show extra.

Com mais de 30 milhões de cópias vendidas no mundo todo – dos seis álbuns de estúdio que lançaram -, Roland Orzabal (vocal e guitarra) e Curt Smith (vocal e baixo) realizam um espetáculo para nenhum fã botar defeito, com direito à potente pirotecnia, baseada na iluminação extremamente colorida. Há dezenas de lâmpadas espalhadas nos mais diferentes pontos do palco.

Eles também provam que são excelentes cantores e músicos, ao serem acompanhados por competente banda de apoio e contarem com a participação especial, em “Woman In Chains”, do cantor Michael Wainwright, responsável também por abrir o show.

Em duas horas, não faltam, claro, os clássicos obrigatórios “Everybody Wants to Rule the World”, que abre o show; “Sowing the Seeds of Love”; “Advice for the Young at Heart”; “Pale Shelter”; “Break It Down Again”; “Head Over Heels”, que abre espaço para o bis, com “Woman In Chains” e “Shout”, encerrando a festa.

Há até uma versão mais intimista para “Billie Jean”, grande sucesso de Michael Jackson. Nada mais natural para uma banda que não lança álbum novo há sete anos. O mais recente foi “Everybody Loves a Happy Ending”, lançado em 2004, e do qual constam no setlist a faixa-título, “Call Me Mellow” e “Secret World”, com direito a citação de “Let’Em In”, de Paul McCartney.

Não espere grandes novidades e inovações, pois a dupla repetiu o mesmo setlist de dois dias antes, no Pepsi On Stage, em Porto Alegre (RS). Sequer a ordem das músicas foi alterada. No entanto, o público não deseja nada além do que a oportunidade de recordar ao vivo os grandes momentos de um passado que insiste, de maneira extremamente saudável, em permanecer vivo e ser sempre celebrado. Basta lembrar que apenas nesse ano vieram para cá, entre outros, Swing Out Sister, Colin Hay, Erasure, Roxette. E o Duran Duran será uma das atrações do festival SWU.

Informações
Rio de Janeiro – sábado (8/10), às 22h. Citibank Hall – Avenida Ayrton Senna, 3000. Ingressos de 160 a 300 reais.
Belo Horizonte – domingo (09/10), às 19h. Chevrolet Hall – Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230. Ingressos a 200 reais.
Brasília – terça-feira (11/10), às 21h. Auditório Master – Setor de Divulgação Cultura. Eixo Monumental – Ingressos de 130 a 300 reais.
São Paulo – Credicard Hall – sexta-feira (14/10), às 21h30 – Avenida das Nações Unidas, 17955. Ingressos de 80 a 300 reais.

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