De volta para o futuro

Marina Silva se reúne com John Kerry para dar seguimento à agenda ambiental Brasil-EUA

Agenda do assessor especial de Joe Biden inclui o vice-presidente Geraldo Alckmin e a secretária-geral do Itamaraty, embaixadora Maria Laura da Rocha

Twitter/Marina Silva (10/11/2022)
Twitter/Marina Silva (10/11/2022)
Ministra brasileira Marina Silva encontrou-se com assessor de Joe Biden na COP27, no Egito, em novembro de 2022

São Paulo – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reúne nesta segunda-feira (27) com John Kerry, assessor especial do governo dos Estados Unidos para o clima. A agenda com o auxiliar do presidente Joe Biden, no Palácio do Itamaraty, inclui o vice-presidente Geraldo Alckmin e a secretária-geral do Itamaraty, embaixadora Maria Laura da Rocha.

De acordo com a embaixada norte-americana, a visita “dará continuidade ao Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas Brasil-EUA”. O assunto foi um dos temas do encontro entre presidentes Biden e Lula em reunião de 10 de fevereiro, em Washington.

Objetivamente, o combate ao desmatamento e questões climáticas, de modo geral, são os principais pontos da reunião. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, devem se reunir com Kerry em encontro “ampliado”, depois da reunião mais restrita do assessor de Biden com Marina e Alckmin. Está previsto para esta segunda-feira um jantar na embaixada dos EUA.

No início de fevereiro, Lula viajou a Washington e Biden manifestou disposição em colaborar com o Fundo Amazônia. A previsão inicial gira em torno de US$ 50 milhões (R$ 260 milhões). O valor foi considerado baixo por analistas.

Porém, mais do que valores, o que é destacado como importante nos meios diplomáticos é o restabelecimento das relações entre o Brasil e os EUA em torno da questão ambiental. Isso depois de quatro anos de destruição e política deliberada de Jair Bolsonaro em prol do desmatamento.

Tempo de violência

Segundo a Agência Brasil, o procurador jurídico da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Eliesio Marubo, afirmou que a proteção de órgãos públicos evitava a violência contra os povos indígenas. “Por volta do fim de 2009, a Polícia Federal (PF) trabalhava com uma equipe de inteligência do Ibama. Atuavam muito na região. Foi uma época de paz, por muitos anos”, afirmou.

Em 2022, a Terra Indígena Vale do Javari, no oeste do estado do Amazonas, tornou-se manchete em todo o mundo com o assassinato do indigenista Bruno Pereira, ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista britânico Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian, em junho de 2022.

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