Mau tempo

Chuvas seguem em Minas e voltam fortes ao Maranhão, Piauí e Tocantins

Previsão é de chuva forte para essas regiões até o dia 20. Na Bahia, onde as águas baixaram, mais de 60 mil pessoas continuam desalojadas

Reprodução/Youtube G1
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Cheia do rio Tocantins no interior do Maranhão. Água subiu 10 metros, provocando a maior inundação dos últimos 20 anos

São Paulo – As inundações causadas pelas fortes chuvas ainda devem castigar populações ribeirinhas do Norte e Nordeste por muitos dias, segundo as previsões meteorológicas. Na Bahia as águas baixaram, mas deixaram muita destruição e 60 mil pessoas ainda desalojadas. São 26 mortos, 521 feridos, dois desaparecidos e 166 municípios com decreto de emergência.

O centro e sul de Minas Gerais também seguem com previsão de ocorrências de chuva, assim como a região da Grande Belo Horizonte nos próximos 5 dias. Até quinta-feira (13), a chuva será frequente e com intensidade de moderada a forte por várias horas. Além disso, as chuvas devem cair mais fortes nesta terça (11) no Triângulo Mineiro e Vale do Rio Doce.

Risco de rompimento de barragem coloca Pará de Minas e municípios vizinhos em alerta máximo

Enquanto isso, no Maranhão, Piauí e Tocantins as águas sobem, invadem casas e forçam centenas de famílias a deixar seus lares. Na região leste do Maranhão, os rios Mearim e Itapecuru não param de subir. Desde esta segunda-feira (10), moradores já estão sendo retirados de áreas de risco de cidades da região para abrigos. A previsão é de enchentes pelas próximas 48 horas pelo menos.

Outras áreas de risco são sendo mapeadas pela Defesa Civil maranhense. O Rio Itapecuru já subiu quase quatro metros, o que deixa cerca de 250 famílias desabrigadas. O receio é que suba até os seis metros, cota para alagamento de ainda mais casas, o que aumenta ainda mais o numero de pessoas que terão de deixar seus lares.

Em Mirador, que já ficou debaixo d’água nesta estação de chuvas, ainda há casas alagadas. Porém, a destruição de 16 pontes na região, dificulta a chegada de cestas básicas para as famílias atingidas. Mais de 600 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas na cidade.

Maranhão e Piauí

Em duas semanas o nível do Rio Tocantins subiu 10 metros e o sofrimento dos moradores parece longe de ter fim. Há previsões de chuvas até 20 de janeiro e já são 245 as famílias desalojadas ou desabrigadas. Há duas semanas o rio não para de subir. Já é a maior cheia dos últimos 20 anos. Há pessoas em abrigos já há dez dias nessa região. Há quem tinha esperança de voltar.

No fim de semana passado, as chuvas no sul do estado fizeram os rios e córregos voltarem a subir e transbordar. O risco de mais famílias ribeirinhas vivem a ter de deixar suas casas é apontado pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. Estabelecimentos às margens do rio Balsas, que vinham sendo limpos para voltar a funcionar, foram invadidos pelas águas novamente e viram o prejuízo se repetindo. Fazendas que ficam às margens de afluentes do rio, ficam totalmente alagadas.

No Piauí, o nível do rio Parnaíba subiu nas cidades de Teresina, Floriano e Luzilândia, algumas das mais afetadas no estado pelas chuvas dos primeiros dias de 2022. Há previsão de novas chuvas intensas no sul do estado e na capital, Teresina.

O governador do Piauí, Wellington Dias, afirmou que vai enviar aos municípios atingidoz produtos de primeira necessidade para as pessoas desabrigadas, como alimentos, colchões e abrigos.

Tocantins

Em Paranã, no sudeste do estado, a situação é preocupante. Os rios Palmas e Paranã continuam cheios e 16 imóveis desabaram nas zonas urbana e rurais devido às chuvas.

A capital, Palmas, tem registrando muita chuva desde outubro de 2021. Mas a partir deste mês elas tornaram-se mais intensas. A previsão de chuva para o mês de janeiro em Palmas é de 300 milímetros, e até o momento choveu apenas 46 milímetros. Por isso são aguardadas chuvas torrenciais para os próximos dias.


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