"Capitão motoserra"

Em Londres, ativistas protestam contra política ambiental de Bolsonaro e perseguição aos índios

Membros do grupo Extinction Rebellion denunciaram o derramamento de sangue indígena no Brasil e o desmatamento da Amazônia

Arquivo/Agência Brasil
Arquivo/Agência Brasil

São Paulo — Quatro ativistas do grupo Extinction Rebellion fizeram um protesto nesta terça-feira (13) na embaixada do Brasil em Londres. Os ativistas declararam que a razão do protesto são o aumento do desmatamento na região amazônica, as declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) contra a preservação ambiental e a perseguição aos povos indígenas. O grupo disse que o intuito do ato é denunciar os “abusos de direitos humanos sancionados pelo Estado”, no governo de Bolsonaro. Tinta vermelha foi espalhada na fachada do imóvel, junto com impressões de mãos também vermelhas e cartazes escritos No More Indigenous Blood (“Chega de sangue indígena”, em tradução livre)

Desde que assumiu a Presidência da República, Bolsonaro tem protagonizado uma cruzada contra a preservação ambiental, incentivando ações do agronegócio e propondo exploração de minérios em terras indígenas, enquanto desacredita dados científicos sobre o aumento do desmatamento na Amazônia.

Ainda segundo o grupo Extinction Rebellion, o protesto foi realizado nesta terça-feira para coincidir com a marcha de mulheres indígenas que ocorre hoje em Brasília, como parte da programação da Marcha das Margaridas. Ontem (12), na capital federal, cerca de 300 mulheres indígenas ocuparam o prédio Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para reivindicar melhorias na saúde dos povos indígenas.

Em Londres, os ativistas ainda anunciaram que farão atos semelhantes em outras embaixadas do Brasil, como no Chile, Portugal, França, Suíça e Espanha.

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