Na Pará

Quilombolas e ribeirinhos reivindicam medidas de segurança para barragens

Na região de Oriximiná (PA), moradores convivem há 30 anos com barragens de rejeitos de bauxita sem contar com planos de emergência

Carlos Penteado/Comissão Pró-Índio (SP)

Junto à Comissão Pró-Índio, em carta, população reivindica série de ações à mineradora Rio do Norte e poder público

São Paulo – No município de Oriximiná (PA) ribeirinhos e quilombolas convivem com o medo de um possível rompimento das barragens de rejeitos de bauxita administradas pela mineradora Rio do Norte. Implementadas há mais de 30 anos, já são mais de 20 barragens no local e, até hoje, a população não dispõe de um plano de emergência.

O receio ficou ainda maior após os crimes ambientais em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, o que levou lideranças locais, juntamente com a Comissão Pró-Índio de São Paulo, a divulgarem uma carta solicitando diversas medidas para evitar um novo desastre. O documento foi remetido aos ministérios públicos estadual e federal, à prefeitura e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

Além dos planos de emergência e investimento em pesquisas para elaboração de novas tecnologias relativas às barragens, os moradores reivindicam que não seja mais autorizada a construção de novos diques, além de pedirem diálogo com a população.

“Todas essas dificuldades que a gente encontrava, levava à mineradora, mas ela não fazia nada”, adverte o quilombola Amarildo Santos de Jesus, que reside há 50 anos da região, em entrevista à repórter Beatriz Drague Ramos, da Rádio Brasil Atual.

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