São Paulo – Em resposta ao rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG) em 25 de janeiro, que matou 304 pessoas e deixou 88 desaparecidas, o Conselho Internacional de Mineração e Metais, a ONU Meio Ambiente e os Princípios para o Investimento Responsável (PRI) vão fazer uma revisão independente para estabelecer padrões internacionais para instalações que armazenam rejeitos de mineração.

As falhas nas barragens de rejeitos têm consequências ambientais de longo alcance, com a lama tóxica liberada se infiltrando no solo e nos rios próximos. O desastre de Brumadinho mostrou a necessidade da implementação rápida de fortes padrões internacionais para a contenção de resíduos tóxicos de mineração, apontou a ONU Meio Ambiente em comunicado.

A iniciativa de revisão será baseada em evidências e lições aprendidas em falhas anteriores nas barragens. O objetivo é concluir a análise até o fim do ano para em seguida convencer o setor de mineração mundial a adotar os padrões internacionais.

Segundo o órgão, as normas convocadas pela revisão se tornariam compromissos dos membros do Conselho Internacional de Mineração e Metais, obrigando-os a aderir às recomendações descritas no documento.

O Conselho Internacional de Mineração e Metais é uma organização internacional dedicada a uma indústria de mineração e metalurgia segura, justa e sustentável. Reúne 27 empresas do setor e 36 associações regionais e de matérias-primas. Cada membro adere a dez Princípios e oito Declarações de Posições sobre questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.

A ONU Meio Ambiente é a principal autoridade ambiental global que determina a agenda internacional no tema, promove a implementação coerente da dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável no Sistema Nações Unidas e serve como uma defensora do meio ambiente no mundo.

Tem como missão prover liderança e encorajar parcerias na proteção do meio ambiente inspirando, informando e permitindo que países e pessoas melhorem sua qualidade de vida sem comprometer as futuras gerações.

Já os Princípios para o Investimento Responsável (PRI) constituem a principal organização global sobre investimentos responsáveis. Trabalha para entender as implicações de investimento de fatores ambientais, sociais e de governança e para apoiar sua rede internacional de investidores signatários na incorporação desses fatores em suas decisões de investimento e propriedade.

Os Princípios para o Investimento Responsável atendem aos interesses de longo prazo de seus signatários, dos mercados financeiros e das economias em que operam e, em última análise, do meio ambiente e da sociedade como um todo.

Com informações das Nações Unidas no Brasil