Mortos pela barragem da Vale chegam a 11. Desaparecidos são 300
Governador Zema afirma que chance de sobreviventes é mínima. MAB solicita auxílio para envio de brigadas para ajudar bombeiros nas buscas por corpos e distribuição de itens de primeira necessidade
Publicado 26/01/2019 - 10h12
Projeção em prédio no centro de Belo Horizonte protesta contra mineradora Vale, responsável por nova tragédia ambiental em Minas Gerais. Mortos podem chegar às centenas
São Paulo – Na tarde deste sábado (26), o Corpo de Bombeiros atualizou para 11 o número oficial de mortos do desastre ambiental provocado pelo rompimento de uma barragem da mineradora Vale no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, das 176 pessoas encontradas com vida, 23 estão hospitalizadas. Conforme os dados, 166 funcionários da Vale e 130 terceirizados estão desaparecidos.
Ainda segundo a corporação, de 100 a 150 pessoas estavam na área administrativa da Vale – a maioria delas no refeitório, já que o rompimento ocorreu no início da tarde, quando a maioria dos trabalhadores almoçava; outras 30 pessoas estavam na região da Vila Vértico, zona rural da cidade; aproximadamente 35 estavam numa pousada a algumas centenas de metros da barragem e, ainda, de 100 a 140 estavam na região do Parque das Cachoeiras.
Ainda na noite de sexta (25), dia da tragédia, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou que as chances de que os desaparecidos sejam encontrados com vida são mínimas: “Vamos resgatar somente corpos”, afirmou.
O Instituto Inhotim, um dos maiores centros de arte ao ar livre da América Latina e que fica em Brumadinho, foi esvaziado por medida de segurança e permanecerá fechado no fim de semana.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) divulgou pedido de apoio financeiro para viabilizar o envio de brigadas para a região atingida, onde atuarão no auxílio ao resgate das vítimas, apoio psicológico e social e organização de busca e distribuição de bens de primeira necessidade.
Contribuições podem ser depositadas na conta bancária:
Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social – AEDAS
Banco do Brasil
Ag: 1228-9
CC: 61472-6