Investigação

Cinco são presos por crime de rompimento da barragem da Vale em Brumadinho

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, três funcionários da mineradora e dois engenheiros teriam produzido laudo dizendo que a barragem não apresentava riscos

Mídia Ninja

Ações que resultaram nas prisões apuram responsabilidades criminais pelo rompimento da barragem da Vale

São Paulo – Três funcionários da Vale e dois engenheiros contratados pela mineradora foram presos preventivamente na manhã desta terça-feira (29). Eles teriam produzido o laudo que atestava a segurança da barragem que se rompeu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, Minas Gerais. Até o momento, a tragédia resultou na morte de 65 pessoas e outras 279 estão desaparecidas. 

Os funcionários da mineradora, “diretamente envolvidos e responsáveis pelo empreendimento minerário e seu licenciamento”, segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), tiveram a prisão decretada pela Justiça mineira, e foram detidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Os engenheiros Makoto Namba e André Yassuda, “que atestaram a estabilidade da barragem“, foram detidos na cidade de São Paulo, também a pedido da Justiça mineira. Eles foram levados para a sede da Polícia Civil e, de lá, para Minas Gerais, onde serão ouvidos. 

Além das prisões preventivas por trinta dias, os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da Vale, em Nova Lima, Minas Gerais, e numa empresa, em São Paulo, que presta serviço de consultoria na área de barragens. As ações têm por objetivo “apurar a responsabilidade criminal pelo rompimento de barragem“. 

Em nota, a Vale afirma que está “colaborando plenamente com as autoridades” e “contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos”. A mineradora também diz estar apoiando “incondicionalmente” as famílias atingidas.