Mobilização

Agricultores levam à Itália situação da produção familiar de alimentos após golpe

Evento internacional de 'slow food' celebra a gastronomia saudável e respeitosa com o meio ambiente, debatendo políticas públicas para o aprimoramento da agroecologia

Arquivo EBC

12ª edição ocorre entre os dias 20 e 24 de setembro. Agricultores, indígenas e biólogos participam das ações

São Paulo – Cerca de 50 pessoas, em sua maior parte agricultores, representarão o Brasil na delegação do Slow Food – associação internacional atuante no eixo da agricultura e ecologia – que participará da 12ª edição do Terra Madre Salone del Gusto, reconhecido como o maior evento internacional dedicado à cultura alimentar, que ocorre na cidade de Turim, na Itália.

Sob o tema Food for Change (Comida para mudança), a produção artesanal e o uso de agrotóxicos serão algumas das discussões pautadas entre quinta (20) e segunda-feira (24). “Tudo envolto nessa relação do consumo e da comida como ferramenta de mudança”, antecipa bióloga e gestora da associação Slow Food Brasil, Lígia Meneguello.

Ao todo, o evento reunirá mais de 5 mil delegados de 150 países, 800 expositores, 300 Fortalezas Slow Food – programa de atuação junto às pequenas comunidades para dar condições de produção e distribuição – e 500 comunidades de alimentos. Na ocasião, serão abordados temas ligados consumo de carne, dentro de uma proposta de diminuí-lo, a defesa dos oceanos para a produção de pescadores e políticas que possa contrapor o uso de agrotóxicos e as imposições industriais.

“Estamos levando o caso brasileiro, há dois anos do golpe, tudo o que aconteceu conosco e como isso impactou a vida da agricultura familiar e os brasileiros”, detalha a gestora da Slow Food Brasil, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual. Criado em 1989, o movimento internacional é contrário a padronização do alimento e, no Brasil, atua em comunidades na Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. 

Ouça a entrevista completa: