Sustentabilidade

Haddad e Marina têm as melhores ideias para o meio ambiente, diz professor da USP

Wagner Ribeiro inclui Ciro e Boulos entre as boas propostas para a preservação ambiental, com destaque para a economia de baixo carbono da candidata da Rede e transição ecológica do projeto petista

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a maior biodiversidade do mundo, Wagner Ribeiro enfatiza a posição de destaque do Brasil no tema ambiental

São Paulo – As candidaturas à Presidência da República de Fernando Haddad (PT), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (Psol), são as que melhor trazem propostas para o tema do meio ambiente. Essa é a avaliação de Wagner Ribeiro, professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) e do programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental, durante entrevista concedida nesta quarta-feira (26) para os jornalistas Marilu Cabanãs e Glauco Faria, na Rádio Brasil Atual.

Ribeiro destaca particularmente as propostas de Marina Silva e Fernando Haddad, a primeira tendo a economia de baixo carbono como eixo central do programa; e a segunda se dirigindo para a transição ecológica – o conceito “mais ousado”, afirma.

“Ela prepara o país para uma discussão que já se vê em países centrais. Essa ideia da transição ecológica vem de uma tradição francesa, com economistas poloneses. Se percebe a preocupação de colocar o Brasil no debate do século 21”, diz o professor da USP.

Ele explica que a transição ecológica vai além do conceito de “economia verde”, reforçando o papel do Estado, combinado com geração de emprego e preservação ambiental. “Em termos de projeção do futuro, são as duas propostas mais avançadas”, avalia.

O professor da USP também elogia os planos de governo de Ciro Gomes (PDT), que propõe desenvolvimento a partir de arranjos produtivos locais e tratamento diferenciado para áreas vulneráveis; e de Guilherme Boulos (Psol), com destaque para a questão indígena. “A gente sabe que há uma relação direta entre a presença das comunidades tradicionais e a preservação ambiental.”

Ouça a entrevista na íntegra: