São Paulo – Em oficinas promovidas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), representantes de todos os estados brasileiros debatem, em Brasília, a atualização do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS), criado em 1995. Os encontros começaram nesta semana e até quinta-feira (26), formularão propostas visando a atualizar o projeto, apresentado como alternativa ao modelo de desenvolvimento agrícola adotado no Brasil.

Elaborado durante o 6º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, na década de 1990, em parceria com a CUT, universidades e pesquisadores, o projeto alternativo é assim considerado por dar os primeiros passos na divulgação nacional da produção agroecológica e do crescimento econômico que promova justiça, participação social e preservação ambiental.

“A agricultura familiar não é mais a dos anos 90, o movimento sindical também não. Estamos procurando fazer um debate para atualizar o nosso projeto político para que ele esteja mais centrado na realidade que nós vivemos hoje no Brasil”, explica o presidente da Contag, Aristides dos Santos, que aguarda o fechamento das oficinas na capital federal para realizá-las também nas outras regiões.

Para o presidente da entidade, a nova demanda de consumo dos brasileiros por produtos com origem na agricultura sustentável e na produção agroecológica, incentiva o avanço do projeto de desenvolvimento alternativo. “Nós temos vários exemplos, várias alternativas (de produção), mas que ainda não são do tamanho que gostaríamos”, analisa Santos.

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