Água não é mercadoria

Movimentos sociais ocupam fábrica da Coca-Cola em Brasília

Eles denunciam as escusas transações que ocorrem entre grandes corporações e governos que querem privatizar as reservas de água doce do mundo

Divulgação

Grandes empresas querem explorar reservas de água doce, como o Aquífero Guarani, denunciam movimentos

São Paulo – O parque industrial da Coca-Cola nos arredores de Brasília por integrantes de movimentos sociais na madrugada desta quinta-feira (22). Eles protestam contra a privatização e o uso indevido das águas pelas empresas multinacionais e alertam para as negociatas que ocorrem durante o Fórum Mundial da Água envolvendo as grandes corporações e governos. 

Segundo os manifestantes, além da Coca-Cola, empresas como a Nestlé e a Danone, dentre outras, têm cobiçado as grandes reservas de água potável no mundo, como o por exemplo o Aquífero Guarani. Eles gritavam palavras de ordem contra as corporações e também deixaram recados nas paredes planta da Coca-Cola. 

“Denunciamos as transnacionais como a Nestlé, Coca-Cola, Ambev, Suez, Brookfiled (BRK Ambiental), Dow AgroSciences, entre outras que expressam o caráter do fórum das corporações”, diz um trecho do manifesto assinado pelos Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e o Levante Popular da Juventude.

Em janeiro de 2018, Michel Temer e o presidente da Nestlé, Paul Bulcke, se reuniram (em Davos, na Suíça) para discutir a exploração do aquífero, reserva subterrânea que abrange quatro países da América do Sul, com a sua maior parte no Brasil. Nas últimas semanas também deputados e senadores também mencionaram a necessidade de quantificar e precificar as águas do Aquífero Guarani.

Assista também reportagem do Seu Jornal, da TVT, sobre usos e abusos da água privatizada

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