Falta d'água

Prefeitos da região do Alto Tietê discutem alternativas para falta d’água

Com o agravamento da crise no abastecimento de água, governantes esperam que chuvas em dezembro ajudem a melhorar a situação. Guarulhos já está em sistema de rodízio

Luiz Augusto Daidone/ Prefeitura de Vargem

Sistema do Alto Tietê operava ontem (25) com 9,4% da capacidade; no ano passado o índice era de 31,7%

São Paulo – Os prefeitos das cidades da região do Alto Tietê (Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano – todos na região metropolitana de São Paulo) se reuniram na cidade de Suzano para discutir o agravamento da crise hídrica, decorrente do socorro dado pelos reservatórios que abastecem as cidades ao sistema Cantareira, destinado exclusivamente a abastecer parcialmente a capital.

A expectativa era que as chuvas de novembro dessem um fôlego ao sistema, mas as previsões mostram que o abastecimento pode entrar em colapso no início do próximo ano. Ontem (25), o reservatório do Alto Tietê estava com apenas 9,4% da sua capacidade de armazenamento de água. No mesmo período do ano passado, o índice era de 31,7%, como apontou reportagem do Seu Jornal. da TVT, na noite de ontem.

Benedito Rafael da Silva, prefeito de Salesópolis, disse acreditar que em dezembro as chuvas possam ajudar o reservatório a chegar ao nível necessário para atravessar o próximo verão, mas ressalta que a recuperação completa da capacidade do sistema “deve levar um bom tempo”.

O prefeito de Guarulhos e presidente do consórcio do municípios do Alto Tietê, Sebastião Almeida, disse que a crise hídrica tem afetado centenas de cidades no estado de São Paulo. “Não tem uma solução imediata porque as obras necessárias pra resolver o problema de abastecimento demandam tempo. Portanto, aquilo que nós queremos hoje já deveria ter sido feito há três, quatro anos”, em uma crítica expressa à gestão do governador Geraldo Alckmin.

Almeida contou que Guarulhos está em sistema de rodízio – um dia com água e outro sem. “Nossa esperança agora é chover o mais rápido possível pra que possa voltar a recuperar os atuais mananciais”, completa.

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