chuvas escassas

Sabesp reduz distribuição de água para o interior de São Paulo

Enquanto isso, cidades começam a promover cortes em alguns horários e para algumas regiões. Empresa estadual aposta em chuva na segunda quinzena de fevereiro para evitar racionamento compulsório

Luis Moura/Folhapress

O manancial do Sistema Cantareira abastece 8,1 milhões de habitantes e está com a capacidade reduzida a 20,9%

São Paulo – As cidades do interior paulista já sofrem os impactos do calor excessivo e da falta de chuvas. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) está reduzindo o repasse de volume de água dos oito mananciais que controla até que eles voltem a atingir níveis satisfatórios. De acordo com a companhia, as chuvas devem se intensificar na segunda quinzena deste mês.

O Sistema Cantareira, controlado pela Sabesp, está operando com 20,9% de sua capacidade devido à maior estiagem desde 1970. O manancial é responsável por abastecer os 8,1 milhões de habitantes dos municípios de São Paulo, Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Taboão da Serra, São Caetano do Sul, Guarulhos e Santo André. Além do Cantareira, a Sabesp também fornece água dos sistemas Guarapiranga, Alto Tietê, Rio Grande/Billings, Rio Claro, Alto Cotia, Baixo Cotia e Ribeirão da Estiva para 10,6 milhões de pessoas do interior de São Paulo.

O ABC Paulista é uma das regiões mais afetadas com a falta de água. O reservatório de São Caetano do Sul, terá, a partir de hoje (6), o volume hídrico reduzido em 20%. A cidade, abastecida pelo Sistema Cantareira, receberá somente 100 dos 500 litros de água por segundo repassados pela Sabesp até que as chuvas voltem a ser frequentes.

Diadema também adotou medidas para equalizar a distribuição hídrica. Desde o fim de janeiro, a Companhia de Saneamento de Diadema (Saned) restringe a quantidade de água repassada para alguns bairros da cidade e aumenta o volume destinado às partes altas, que correspondem a 75% da área do município.

A cidade de Valinhos, a 87 quilômetros da capital, suspendeu na última segunda-feira (3) o abastecimento em 13 bairros do município para levar água a outros dez. O Sistema Cantareira fornece água para metade da cidade através do Rio Atibaia, que também é responsável por suprir 95% dos recursos hídricos da região de Campinas. Na última semana, o nível do rio chegou a 10 centímetros – a média é de 30 centímetros, registrada pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), de Campinas.

Em Itu, na região de Sorocaba, a prefeitura suspendeu o fornecimento de água das 20 horas às 4 horas, porque o nível dos quatro principais mananciais da cidade está reduzido em mais da metade. A represa de Ituparanga, que abastece o município de Sorocaba, está com a capacidade reduzida em 20%, bem como o manancial João Antunes dos Santos, que fornece água a 10% da região de Valinhos.

Na região metropolitana de São Paulo, o governo paulista aposta em “racionamento voluntário”. Para os abastecidos pelo Sistema Cantareira a Sabesp oferecerá desconto de 30% na conta de água a quem reduzir em 20% o consumo de água em comparação com a média registrada entre fevereiro de 2013 e janeiro passado – a meta final já calculada virá impressa na conta de água de fevereiro.

*Com informações de ABCD Maior, Agência Brasil e O Estado de S. Paulo

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