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Racionamento de água em São Paulo pode ser decidido após o carnaval

Na última quarta-feira, o reservatório do sistema Cantareira atingiu 16,8% da capacidade. Alckmin insiste em descontos na conta de água

Para o presidente executivo do instituto Trata Brasil, Edson Carlos, o racionamento é “inevitável”

São Paulo – O racionamento de água após o feriado de carnaval nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas segue como opção do governo estadual para minimizar os efeitos da seca no sistema Cantareira, que atende cerca de 14 milhões de pessoas. Na última quarta-feira (26), o reservatório funcionou com apenas 16,8% de sua capacidade. Para o presidente executivo do instituto Trata Brasil, Edson Carlos, o racionamento é inevitável. “Racionar água é uma decisão que vai ter que ser tomada no próximo mês. Não dá para adiar mais”, afirma.

Carlos ressalta que algumas cidades do interior, como Itu e Sorocaba, já estão realizando pequenos cortes no fornecimento de água para a população para controlar o nível dos reservatórios. O presidente da Trata Brasil ainda afirma que desde 2004 o sistema Cantareira dava sinais de redução do volume hídrico, ignorados pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) e pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

“Ninguém esperava que pudesse ter uma situação tão drástica, mas olhando os números você vê que os reservatórios vêm chegando no verão já mais baixos. Mesmo com as chuvas normais eles não têm conseguido encher como enchiam no passado”, explica.

No entanto, segundo a coordenadora da Rede das Águas da ONG SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, o sistema Cantareira não é capaz de abastecer as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas. Ela defende a construção de novos reservatórios “não só para abastecimento público, mas para a produção de alimentos e para as atividades industriais e econômicas”.

Ouça a reportagem completa de Vera Rodrigues, da Rádio Brasil Atual.

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