Governo quer votar MP do Código Florestal esta semana e defende texto original

Segundo Jorge Viana (PT-AC), apesar de a presidenta Dilma querer um 'desfecho', não sinalizou com novos vetos ao texto

São Paulo –  Mesmo com toda a polêmica que cerca a medida provisória do Código Florestal, o governo espera que seja votada nesta semana na Câmara dos Deputados e insistirá na defesa do texto original da proposta, afirmou hoje (4) a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

“Nós esperamos que a votação ocorra. Se não for votada nesta semana, aí não acontecerá mais nada, ela vai caducar”, disse Ideli. A ministra, após reunião com líderes da base do governo na Câmara, disse que o Executivo não concorda com o texto aprovado pela comissão especial mista que analisou a Medida Provisória 571, que trata do novo Código Florestal, e é favorável à retomada do texto original da MP.

A matéria pode ser votada entre hoje e amanhã pelos deputados no chamado esforço concentrado de votações, período definido pela Casa em que parlamentares se reúnem para votar projetos, já que, devido ao período eleitoral, mesmo recebendo salário normalmente, não comparecem à Câmara. Ideli reiterou que o acordo firmado na comissão especial não teve aval do governo e que a ideia de “escadinha”, proposto pelo governo para definir o percentual de área desmatada a ser recuperado por pequenos, médios e grandes produtores, é o mais “justo”.

Em discurso na semana passada, contrariada, a presidenta Dilma Rousseff também deixou claro que o “governo não assume responsabilidade por negociações que não foram feitas com a presença dele”.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse a jornalistas que haverá um esforço de “toda a base” para votar a medida nesta semana. “Nós vamos na linha de recuperar a posição do governo”, afirmou o líder. “A única coisa que não queremos, no limite, é não votar.”

O senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou que a presidenta quer um “desfecho” para a MP, mas não sinalizou vetos ao texto caso o Congresso Nacional mantenha as mudanças aprovadas na semana passada. “O que a presidenta quer é que haja uma decisão do Congresso sobre isso. Obviamente que a prerrogativa dela de vetar está completamente mantida. Ela só sinalizou que espera que o Congresso delibere o quanto antes sobre essa matéria, que é de muita importância para o país”, disse Viana.

Com informações da Agência Brasil e Reuters

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