Irritado com debate do Código Florestal, ruralista faz trocadilho com nome de colega e Bohn Gass vira ‘sem gás’

Deputado Bohn Gass (PT-RS), que foi presidente da comissão que analisou MP do Código Florestal, é motivo de ironia de Ronaldo Caiado (DEM/GO) (Foto:Alexandra Martins/ Ag.Senado) São Paulo – Em […]

Deputado Bohn Gass (PT-RS), que foi presidente da comissão que analisou MP do Código Florestal, é motivo de ironia de Ronaldo Caiado (DEM/GO) (Foto:Alexandra Martins/ Ag.Senado)

São Paulo – Em mais um dia de polêmica sobre o texto do novo Código Florestal, parlamentares ruralistas e ligados à agricultura familiar divergem sobre o texto a ser levado em votação e suas consequências políticas. O deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO), em entrevista à TV Câmara, chamou o deputado Bohn Gass (PT-RS) de deputado “sem gás e sem palavras” em razão de o deputado gaúcho pedir a realização da votação hoje (5)  para que a Medida Provisória 571, de 2012, não “caduque”. Gass afirmou que o acordo sobre o texto e a votação foi entre parlamentares.

Caiado disse que os parlamentares do agronegócio só estão dispostos a votar a MP hoje (5) se o governo se comprometer a manter o texto aprovado pela comissão especial mista que analisou a matéria, uma versão aprovada sem o aval do Palácio do Planalto. “Houve um consenso de se votar este texto e continuá-lo como está. Caso o governo sinalize que vai vetar o que for aprovado, nós vamos obstruir a votação”, considerou. O ruralista afirmou também que todo o problema foi provocado pelo “bilhete da Dilma”, mostrado nos jornais, em que a presidenta Dilma Rousseff afirma não ter sido ouvida sobre um suposto acordo na comissão mista.

Bohn Gass disse que os líderes ruralistas querem deixar a MP perder validade (o que ocorrerá se não for votada até 6 de outubro). “Fizemos um entendimento entre nós parlamentares para votarmos hoje. Com o texto votado, cada bancada vai fazer os destaques que achar necessário. O importante é que não caduque e que a gente possa levar para o Senado aquilo que acordamos”, defendeu o petista.

Ao final, Gass fez um apelo para que os ruralistas votem a MP, e Caiado afirmou que, se o acordo da comissão mista não for mantido, a bancada ruralista vai obstruir a votação.

A comissão mista que aprovou a análise da MP já encerrou os trabalhos e o texto pode ser votado ainda hoje. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), se isentou de responsabilidade na negociação para um possível acordo e disse que essa é uma tarefa do governo.

Caso o texto não seja aprovado pela Câmara e pelo Senado até o dia 6 de outubro, a medida perderá a validade. Com isso, vários pontos do novo código vetados pela presidenta Dilma Rousseff ficarão sem previsão legal, já que a MP preenche as lacunas deixadas pelos vetos.

Com informações da Agência Câmara

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