São Paulo – A Associação Paulista de Supermercados (Apas) deverá entregar amanhã (22) à Fundação Procon de São Paulo, ao Ministério Público estadual e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) uma proposta com critérios para a volta da distribuição gratuita das sacolas. Na terça (19), o Conselho Superior do Ministério Público decidiu não homologar o Termo de Ajustamento de Conduta que estabelecia prazos e critérios para a substituição das sacolas comuns, distribuídas gratuitamente, pelas reutilizáveis pelas quais o consumidor tem de pagar. Em seu parecer, o conselho deixou a critério dos supermercados a decisão de voltar a distribuir ou não, desde que apresente alternativas para que o consumidor não seja prejudicado.  

Em entrevista à rádio CBN na manhã de hoje (21), o presidente da Apas, João Galassi, afirmou que a proposta do setor deverá contemplar tanto o consumidor adepto de sacolas reutilizáveis que, por qualquer razão, a tenha esquecido, como os objetivos do TAC (que não foi homologado) que visa eliminar as sacolinhas. “Temos de achar um caminho para que o consumidor que chega à loja, de passagem, que não tenha trazido sua sacola reutilizável, não seja penalizado tendo de comprar outra sacola”,  disse à rádio. Ele voltou a defender o fim das sacolas, argumentando que o meio ambiente deixou de receber mais de um milhão delas desde que a medida entrou em vigor, em abril passado, e negou que elas voltem a ser distribuídas como antes. 

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Fundação Procon informou que vai aguardar a apresentação da proposta para se pronunciar.