Ministro da Agricultura toma pito de Dilma por comentar Código Florestal

Porta-voz da Presidência afirma que Mendes Ribeiro Filho não está autorizado a opinar sobre as negociações em torno de medida provisória em tramitação no Congresso

O ministro da Agricultura havia dado a entender que o governo aceitaria afrouxar a recomposição nas médias propriedades (Foto: Roberto Stuckert Filho. Presidência)

São Paulo – O Palácio do Planalto desautorizou hoje (9) as declarações feitas na véspera pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, em torno do Código Florestal. Após encontro com Dilma Rousseff, Ribeiro afirmou que o governo poderia negociar em torno da medida provisória apresentada ao Congresso para recompor os pontos vetados pela presidenta no projeto aprovado anteriormente pela Câmara.

“O ministro não está autorizado a falar sobre negociações envolvendo o Código Florestal”, afirmou hoje (9) o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, que acrescentou que Mendes Ribeiro deu uma opinião pessoal sobre as negociações, de maneira que não reflete o posicionamento oficial do governo. 

O ministro havia dito que o Planalto aceitaria negociar com a bancada ruralista a recomposição da área desmatada, especificamente no caso de propriedades de tamanho médio. “Isso é um debate natural que não tem como intervir”, afirmou após a reunião com Dilma, de acordo com o jornal O Globo.

Tanto o porta-voz da Presidência quanto a assessoria do Ministério da Agricultura garantem que, durante o encontro, a presidenta e o ministro trataram apenas do Plano Safra, que será lançado no final do mês. De acordo com as informações, em momento algum as negociações sobre Código Florestal foram discutidas na reunião.

Segundo a assessoria do Ministério da Agricultura, o ministro Mendes Ribeiro Filho apenas respondeu a um jornalista que questionou sobre o andamento da medida provisória. “Não teríamos como nos posicionar sobre isso. O ministro falou sobre Código [Florestal] quando as discussões estavam com o governo. O texto agora está na fase de debates no Congresso Nacional. Não podemos nos posicionar agora”.

Ainda de acordo com os assessores, a situação não provocou qualquer constrangimento e o ministro já conversou com a presidenta Dilma Rousseff e não vai mais se pronunciar sobre o assunto.

Com informações da Agência Brasil.

Leia também

Últimas notícias