Código Florestal: cientistas não creem que passe no Senado

Comunidade científica reclama nunca ter sido convidada para discutir novo código florestal

São Paulo – Os senadores devem levar em consideração aspectos científicos e tecnológicos na análise do substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados que modifica o Código Florestal. A expectativa foi manifestada em nota conjunta assinada por Helena B. Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Jacob Palis Júnior, presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), e José Aleixo da Silva, coordenador do Grupo de Trabalho formado em 2010 pelas duas entidades para discutir propostas para um código com base científica e tecnológica.

As entidades classificaram como precipitada a decisão da Câmara dos Deputados e reiteram que a comunidade científica brasileira nunca foi convidada oficialmente para participar das discussões sobre o substitutivo do código florestal.

No ano passado, chegaram a formar um grupo com especialistas das diferentes áreas abrangidas no código, que redigiu e editou o livro O Código Florestal e a Ciência – Contribuições para o Diálogo, lançado em Brasília no último dia 25/3.

O grupo convidou congressistas e então presidenciáveis, alertando para a necessidade de mais tempo para estudos aprofundados sobre os vários aspectos tratado no código florestal e seu substitutivo.