Lula cobra ação ambiciosa de ricos em reunião sobre clima
Lula discursa na sessão plenária da COP-15 (Foto: Ricardo Stuckert/PR) Copenhague – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta quinta-feira (17), na reunião da ONU sobre mudança climática, […]
Publicado 17/12/2009 - 13h13
Copenhague – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta quinta-feira (17), na reunião da ONU sobre mudança climática, uma posição mais “ambiciosa” dos países desenvolvidos e disse que não se pode “esconder cartas na manga”, referindo-se à difícil negociação de um acordo contra o aquecimento global.
Para Lula, os países desenvolvidos devem assumir metas ambiciosas de redução de emissões de gases do efeito-estufa “à altura de suas responsabilidades históricas”.
Em discurso durante a reunião, o presidente defendeu um aumento máximo da temperatura média global de 2 graus centígrados como referência nos compromissos dos países.
>> O discurso de Lula na COP-15
“A ambição de reduzir em 50% as emissões globais de gases do efeito-estufa em 2050 em comparação com o ano de 1990 ajudará a assegurar esse objetivo”, afirmou.
“Essa conferência não é um jogo onde se possa esconder cartas na manga. Se ficarmos à espera do lance de nossos parceiros, podemos descobrir que é tarde demais. Todos seremos perdedores.”
O presidente afirmou ainda que a meta do Brasil de reduzir suas emissões em até 39 por cento até 2020 exigirá recursos da ordem de US$ 166 bilhões.
“É inaceitável que os países menos responsáveis pela mudança do clima sejam os mais prejudicados”, disse.
O presidente ressaltou ainda a importância de controlar o aquecimento global para permitir o crescimento econômico e superar a exclusão social.
“A mudança do clima é um dos problemas mais graves que enfrenta a humanidade. Controlar o aquecimento global é fundamental para proteger o meio ambiente, permitir o crescimento econômico e superar a exclusão social”, disse Lula durante discurso na conferência.
Fonte: Reuters