Começa oficialmente nesta quarta-feira (25) o evento Copenhagen é aqui, organizado pela Matilha Cultural em parceria com Greenpeace e diversas organizações de apoio à preservação do meio ambiente.

Até 20 de dezembro, São Paulo terá exposições de fotos e de obras de arte, filmes, debates e ações nas ruas para lembrar a importância da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas marcada para o próximo mês em Copenhague, na Dinamarca.

Depois da festa de abertura e da pré-estreia do filme A era da estupidez, marcadas para esta terça-feira à noite, ocorre na tarde de quarta-feira o seminário COP 15 – Entrando no Clima, com participação de movimentos socioambientais de todo o país expondo a importância da reunião da ONU.

Além disso, o filme A Era da Estupidez terá apresentações até cinco de dezembro, com duas sessões entre quarta e sexta (17h e 21h), e uma aos sábados (21h). A produção do Reino Unido simula, ficcionalmente, como estará o mundo em 2055 caso nada seja feito.

A expectativa inicial era de que em Copenhague fossem estabelecidas ambiciosas metas de combate ao aquecimento global, com redução das emissões de gases que geram o efeito estufa e alterações nos modos de produção. Mas as hesitações de Estados Unidos e China, os dois maiores emissores globais de gases, têm indicado que pode não ser fechado nenhum acordo no encontro.

Por isso cresce a pressão de organizações não-governamentais, que têm se manifestado por todo o mundo a favor de uma definição por parte dos países ricos. É a mesma posição do Brasil, que acredita que deve haver uma postura decidida por parte do governo Barack Obama.

Na última semana e ao longo desta, o Greenpeace coloca orelhões “itinerantes” nas ruas das grandes cidades brasileiras para informar a população e pedir que os pedestres telefonem para o presidente Lula e para as organizações diplomáticas dos Estados Unidos no Brasil. Além disso, a organização vai manter uma exposição de fotos mostrando os efeitos das mudanças climáticas e do desmatamento.

Dentro da programação feita pelo Matilha Cultural há outros dois filmes: os documentários Mataram a irmã Dorothy, sobre a ativista estadunidense morta no Pará, e Abraço Corporativo, que narra a jornada de um consultor de RH que tenta ser reconhecido na mídia.

“Vagas vivas” serão criadas no centro de São Paulo para transformar locais de estacionamento em pontos de conversa e convivência. Nos dias cinco e doze de dezembro, haverá plantio de árvores, roda de samba e conversas sobre temas ambientais.

Para conferir a programação, clique aqui. A maior parte dos eventos ocorre na Rua Rego Freitas, 542, região central de São Paulo.