Brasil anuncia proposta para a Conferência do Clima; países ricos ainda hesitam

Países desenvolvidos ainda não chegaram a valores da ajuda para o combate ao aquecimento global em nações em desenvolvimento (Foto: Tim Wimborne/Reuters) Uma reunião nesta sexta-feira (13) define a proposta […]

Países desenvolvidos ainda não chegaram a valores da ajuda para o combate ao aquecimento global em nações em desenvolvimento (Foto: Tim Wimborne/Reuters)

Uma reunião nesta sexta-feira (13) define a proposta que o Brasil vai levar para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-15), marcada para dezembro em Copenhague (Dinamarca). O encontro em São Paulo ocorre no Escritório da Presidência da República, com a presença do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc na tarde desta sexta.

Os principais itens são a redução de emissões de gases de efeito estufa, o corte de 80% do desmatamento na Amazônia (redução de cerca de 580 milhões de toneladas de gás carbônico), a redução de emissões em áreas como energia (etanol e biocombustíveis), siderurgia (aço verde) e agropecuária e a queda do desmatamento em outros biomas.

A proposta brasileira foi elaborada com a participação dos ministérios do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, da Agricultura, da Fazenda, de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia.

Países ricos

Enquanto o Brasil assume sua posição a poucas semanas da reunião em Copenhague, os países ricos ainda não estabeleceram valores para apoiar nações pobres no combate ao aquecimento global.

Segundo o ministro canadense das Finanças, Jim Flaherty ainda não apareceram cifras específicas nas recentes discussões do G20 (bloco de países desenvolvidos e emergentes) nem na cúpula do bloco Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês), em andamento até domingo.

A verba seria destinada a mitigar os efeitos da mudança climática e a estimular os países pobres a cortar emissões de gases do efeito estufa. A medida é vista como determinante para a definição de um novo tratado climático global para o período posterior ao cronograma de metas estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, a partir de 2013.

A ONU propôs um investimento inicial de R$ 10 bilhões, e líderes da União Europeia dizem que os países em desenvolvimento precisariam de cerca de R$ 150 bilhões até 2020.

No evento do G20, houve poucos avanços. O debate é sobre quem paga a conta pelas reduções de emissões. A ajuda financeira sustenta-se na análise dos países em desenvolvimento de que é preciso que as responsabilidades sejam assumidas de forma proporcional.

Nações ricas têm maior responsabilidade no problema, por terem adotado modelos altamente poluentes durante todo o processo de industrialiação. Por isso, deveriam ajudar regiões que ainda buscam desenvolvimento mais acentuado.

“Na reunião do G20 na Escócia (na semana passada) falamos sobre opções de financiamento, mas não falamos em números,” disse Flaherty durante o evento da Apec.

Com informações da Agência Brasil e Reuters

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