Programas de renovação da frota devem reduzir impacto ambiental de veículos

Taxistas e caminhoneiros tiveram uma boa notícia com a divulgação de dois programas do Governo Federal de incentivo à renovação da frota. As medidas, além do caráter econômico-financeiro, também têm impactos trabalhistas e ambientais

Renovação da frota de caminhões e táxis deve melhorar o ar nas cidades (Foto: Agência Brasil/Roosewelt Pinheiro)

Dois programas do Governo Federal de incentivo à renovação da frota de caminhões e táxis devem melhorar o ar nas cidades e melhorar a vida dos trabalhadores, apontam especialistas.

A liberação de R$ 1 bilhão para renovação da frota de caminhões e R$ 200 milhões para táxis, além do incentivo à produção industrial, “é a única oportunidade que muitos trabalhadores caminhoneiros e taxistas terão para trocar seus veículos por novos e trabalhar melhor”, explica o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte da CUT, Paulo João Estausia.

Para Estausia essa ação do governo é positiva e necessária para evitar o sucateamento da frota e reduzir os níveis de poluição.

De acordo com Carlos Lacava, gerente do Departamento de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), um veículo de 30 anos emite muito mais poluentes que um novo e nesse sentido os programas de renovação da frota são positivos, mas não resolvem o problema de poluição das cidades.

Lacava destaca que nos grandes centros urbanos, as maiores fontes poluentes são de origem veicular, por isso não basta investir só em renovação da frota. “Também é preciso dar um destino aos veículos antigos. Para reduzir o impacto ambiental dos veículos automotores é necessário limitar sua vida útil. Restringir mesmo a circulação de veículos acima de um certo tempo de uso”.

De acordo com o especialista, a frota brasileira tem idade média de 20 anos, e é preciso pensar uma política de destino aos veículos mais antigos. “Um caminhoneiro compra um veículo novo, mas acaba vendendo o velho para outra pessoa e esse caminhão vai continuar circulando. Precisamos de um programa para tirar os veículos mais velhos de circulação”, aponta Lacava.

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