Operação da PF prende secretário-executivo do Ministério do Turismo

O ex-deputado Colbert Martins (PMDB-BA), secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, foi um dos presos pela PF (Foto: ABr)) São Paulo – A Polícia Federal (PF) prendeu na […]

O ex-deputado Colbert Martins (PMDB-BA), secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, foi um dos presos pela PF (Foto: ABr))

São Paulo – A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta terça-feira (9) trinta e oito pessoas que estavam sendo investigadas por supostos desvios de verbas públicas repassadas ao Ministério do Turismo. Entre os presos, estão o secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, e o secretário de Programas de Desenvolvimento do Turismo, o ex-deputado Colbert Martins.

A operação, chamada de Voucher, tinha o objetivo de combater o desvio das verbas que, por meio de emendas parlamentares, eram destinadas a convênios de capacitação profissional no Amapá.

Em nota, a PF divulgou que a operação contou com 200 policiais federais para cumprir 19 mandados de prisão preventiva, 19 mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão nos estados do Amapá e São Paulo, além do Distrito Federal.

A PF destacou que as investigações indicavam fortes indícios de desvios de recursos públicos na execução de convênios do Ministério do Turismo, que tinham a função de oferecer cursos para capacitação profissional. Segundo a polícia, os envolvidos preventivamente presos em São Paulo e Brasília foram levados para Macapá, em aviões da própria PF.

O esquema de desvio de recursos do Ministério do Turismo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) podem ter causado um prejuízo aos cofres públicos de cerca de R$ 4 milhões. Segundo o procurador da República no Amapá, Celso Leal, o valor é relativo ao dinheiro liberado por meio de emenda parlamentar para um convênio firmado pelo ministério, em 2009, com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).

Segundo o procurador, os indícios de irregularidades foram constatados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com Leal, investigações preliminares indicam que mesmo tendo recebido o dinheiro do ministério, o Ibrasi – uma organização sem fins lucrativos com sede em São Paulo – jamais realizou os cursos de qualificação profissional previstos no convênio. Voltado a profissionais de turismo, o treinamento deveria ocorrer no Amapá.

Por meio de nota, o Tribunal de Contas da União (TCU) informou que há três processos relacionados a irregularidades no Ministério do Turismo. As informações não foram divulgadas por se tratar de processos sem conclusão. O TCU sustenta ainda que a participação na Operação Voucher é limitada ao compartilhamento de informações determinado por acordos de cooperação.

Com informações da Agência Brasil

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