Câmara de SP adia votação de gratificação para trabalhadores do serviço funerário

Vereadores evangélicos travam pauta e barram deliberação sobre projetos de lei

Câmara paulistana deixou para depois discussão sobre melhorias nas condições salariais de servidores (Foto: ©Fábio Jr Lazzari/CMSP)

São Paulo – Os projetos de lei que garantem a extensão de gratificações de atividade aos servidores municipais do serviço funerário de São Paulo – que fizeram greve de um dia, na terça (21) – foram lidos nesta quarta-feira (22) na Câmara. Porém, ao contrário do esperado, o texto dos PLs 298/2001 e 300/2001 não foram enviados ao plenário, devido à tentativa das lideranças evangélicas na Casa de aprovar projeto que cria Dia do Orgulho Heterossexual. A investida travou a pauta e deixou os demais pontos para a semana que vem.

A prefeitura enviou proposta à Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa que contempla também reajuste do piso mínimo da categoria de R$ 545 para R$ 630 e a reposição do período parado. Os termos dos projetos foram discutidos em negociação na terça-feira (21). Por causa da medida, os servidores do serviço funerário suspenderam a paralisação.

Crise trabalhista

Outras categorias do funcionalismo público municipal protestam há dois meses por reajuste salarial de 39% – que representa a reposição de 2005 até 2011 –, mudança na lei salarial, negociação para a pauta de saúde, revisão nos planos de carreira e gratificações aos aposentados. A data-base é 1º de maio. O reajuste anual concedido pela prefeitura de 0,01%, previsto em legislação municipal, é o principal motivo de indignação dos servidores.

Segundo a Secretaria de Gestão e Planejamento, não há condições de apresentar índice de reajuste ainda neste mês. Durante o mês de julho há recesso na Câmara. Por isso, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de São Paulo (SindSep-SP) deve concentrar as próximas mobilizações para o período mais próximo da retomada da atividade parlamentar.