Oposição começa legislatura em SP com pedidos de CPIs sobre governo do PSDB

São Paulo – Um dia depois da posse dos deputados eleitos para a nova legislatura da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), PT e PSOL já coletam assinaturas para a […]

São Paulo – Um dia depois da posse dos deputados eleitos para a nova legislatura da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), PT e PSOL já coletam assinaturas para a abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). O PSOL promete apresentar três pedidos e o PT, quatro. Os alvos são denúncias de irregularidades em ações do governo do estado.

O deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT) afirmou, durante a sessão de posse dos parlamentares, na terça-feira (15), que o partido busca novos apoios na atual legislatura para emplacar as investigações. Nos últimos anos, tanto durante a gestão anterior do atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB), como na de seu antecessor, José Serra (PSDB), a maioria dos pedidos foi barrada pela bancada governista.

Apenas uma CPI pedida pela oposição foi criada nos últimos quatro anos, para investigar a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), em 2009. Deputados governistas controlaram a comissão e encerraram-na sem apontar irregularidades nem apresentar sugestões de prosseguimento ao Ministério Público.

A ação da base de apoio ao Palácio dos Bandeirantes consistiu, nas legislaturas passadas, em protocolar pedidos de CPIs sobre temas que não envolvem diretamente o governo. Com isso, temas de interesse da oposição ficaram escanteados.

Segundo Marcolino, o PT vai apresentar pedidos de investigações sobre os pedágios, Rodoanel, sobre as denúncias de pagamento de propina pelas multinacionais Alstom e Siemens ao Metrô e à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e dos grandes contratos do governo estadual.

Carlos Gianazzi, único deputado do PSOL na Casa, adianta que a oposição tem interesse em dialogar com o governo do Estado, mas denúncias de corrupção nas estatais precisam ser apuradas. “Não vamos fazer oposição selvagem, oposição por oposição”, afirma. Ele evoca o dever do Legislativo em fiscalizar o Executivo diante de denúncias de corrupção e superfaturamento no Metrô, na Sabesp, no Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) e na Fundação de Desenvolvimento da Educação.

De acordo com o parlamentar, estão sendo colhidas assinaturas para investigações na educação, no Judiciário e no Departamento de Perícias Médicas. Ele não revela quantas firmas conseguiu colher até o momento.

CPI dos pedágios

Na manhã desta quarta-feira (16), o PT tentou protocolar o primeiro pedido de CPI da nova legislatura. E, apesar de fazer plantão no protocolo da Alesp desde as 7 horas, o partido não conseguiu dar entrada na documentação até o fechamento da matéria, às 13h40. O documento pede a apuração de irregularidades na concessão e nas tarifas de pedágios em São Paulo.

A assessoria do partido alega que cumpriu o regimento interno da Alesp, apresentando o pedido de CPI um dia após o início da legislatura, em horário adequado e com as 32 assinaturas necessárias para o protocolo. “Diante do impasse os deputados do PT estão de plantão no plenário, aguardando uma solução”, informou o partido, em nota.

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