Ministro cubano diz que Obama não cumpriu promessas de mudança

Bruno Rodríguez, ministro das Relações Exteriores de Cuba, discursando na ONU (UN Photo/Marco Castro) Nações Unidas – O presidente norte-americano, Barack Obama, não cumpriu suas promessas de mudar a política […]

Bruno Rodríguez, ministro das Relações Exteriores de Cuba, discursando na ONU (UN Photo/Marco Castro)

Nações Unidas – O presidente norte-americano, Barack Obama, não cumpriu suas promessas de mudar a política exterior dos EUA e pode não estar em pleno controle de seu governo, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba à Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (28).

Em discurso à Assembleia Geral da organização, Bruno Rodríguez disse que Obama fez pouco para melhorar as relações entre Cuba e os EUA e tomou medidas que se chocam com suas promessas de romper com as políticas de seu antecessor George W. Bush.

“O aspecto mais sério e perigoso dessa nova situação é a incerteza sobre a real capacidade das atuais autoridades em Washington de superar correntes políticas e ideológicas que no governo anterior ameaçavam o mundo”, disse ele.

O ministro cubano mencionou o golpe militar em Honduras, em 28 de junho, dizendo que enquanto Obama disse que o presidente deposto Manuel Zelaya deve voltar ao poder, “a direita fascista norte-americana”, representada pelo ex-vice-presidente Dick Cheney, apoia abertamente o golpe.”

“O centro de detenção e tortura na base naval de Guantánamo, que usurpa parte do território cubano, não foi fechado. As tropas de ocupação no Iraque não foram retiradas. A guerra no Afeganistão se amplia”, disse ele.

Em relação a Cuba, Rodríguez disse que Obama tomou “medidas positivas” ao permitir que cubano-americanos viajem e enviem dinheiro livremente para a ilha comunista.

Ele acrescentou que as conversas iniciadas pelos EUA sobre imigração e o possível restabelecimento de serviços postais diretos entre os inimigos de longa data foram “respeitosas e frutíferas.”

Mas Rodríguez disse que muitas outras questões não foram tocadas, sobretudo o embargo comercial de 47 anos contra Cuba, que o governo da ilha culpa pela maioria de seus problemas.

“O ponto crucial é que o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba permanece intacto”, disse ele, comentando a renovação por um ano do embargo duas semanas atrás.

Fonte: Reuters

 

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