Educação

Professores da rede particular de SP farão nova paralisação na próxima terça

Em manifestação na Avenida Paulista, movimento recebeu apoio de pais e alunos: 'A gente não apoia a reforma trabalhista, muito menos que atinja os professores'

Sinpro-SP

Manifestação na Paulista reuniu educadores, pais e alunos das escolas particulares

São Paulo – Após cruzar os braços em ao menos 32 escolas nesta quarta-feira (23), professores da rede particular de ensino de São Paulo decidiram em assembleia realizar nova paralisação na próxima terça-feira (29), contra as ameaças à convenção coletiva da categoria. Cerca de mil educadores se reuniram na sede do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), e depois realizaram manifestação na Avenida Paulista, que contou com apoio de pais e professores. Também houve atos nas portas de colégios como Bandeirantes, Móbile e Alberto Einstein.

A proposta de greve foi temporariamente derrotada, pois educadores avaliam ser necessário angariar mais apoio até uma paralisação por tempo indeterminado. Segundo o Sinpro, os donos das escolas se recusam a negociar e tentam impor à categoria uma reforma trabalhista que retira direitos e vai afetar a qualidade da educação.

O presidente do Sinpro-SP, Luiz Antonio Barbagli, diz que os professores lutam pela manutenção das atuais condições de trabalho. “Não há, portanto, qualquer custo extra para os estabelecimentos de ensino, que abandonaram inclusive a mesa de negociações e recusaram propostas de conciliação feitas pelo Tribunal Regional do Trabalho”, afirmou. 

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieesp) propõe a retirada de uma série de direitos conquistados ao longo dos últimos 20 anos. Os professores defendem a manutenção de bolsa de estudos integral para até dois filhos, recesso de 30 dias, garantia semestral de salário, e são contra o parcelamento de férias.

“A gente apoia completamente os professores, eles são as pessoas que estão com os nossos filhos, às vezes até mais que a gente. A gente sabe que essa reforma é um abuso, um absurdo, e a gente não apoia a reforma trabalhista,  muito menos que atinja os professores, que são a peça mais importante da educação. Isso todo mundo sabe”, disse à TVT a mãe Elena Olaszek, que esteve na manifestação na Paulista.

Assista à reportagem do Seu Jornal, da TVT: