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Trabalhadores fazem ato contra privatização de fábricas de fertilizantes da Petrobras

Petroleiros se manifestaram em frente à sede da Petrobras no Rio de Janeiro na manhã de hoje contra mais um ataque à soberania do país, orquestrado pelo presidente da empresa, Pedro Parente

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Mobilização em frente à estatal denuncia que a privatização das fábricas é mais uma ação do desmonte da Petrobras

São Paulo – Em protesto contra o fechamento e privatização das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), petroleiros realizaram uma série de atos denunciando os impactos da medida, nesta quinta-feira (22). No Rio de Janeiro, trabalhadores se manifestaram em frente à sede da Petrobras.

A mobilização em frente à estatal denuncia que a privatização das fábricas é mais uma ação do desmonte da Petrobras, promovida pela gestão de Pedro Parente. O ato foi realizado enquanto as empresas Yara, da Noruega, e Acron, da Rússia, entregaram suas propostas para a compra das unidades da Fafen do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a saída da Petrobras do setor é prejudicial para o país. “Fertilizantes são estratégicos para nossa soberania alimentar, para o aumento de nosso PIB e contribuem para o equilíbrio da balança comercial. Tirar das mãos do Estado um insumo tão estratégico é de uma estupidez sem limites”, afirma o diretor da FUP Gerson Castellano. 

A Petrobras confirmou na última terça-feira (20) o projeto de abandonar a produção de fertilizantes. A empresa disse que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), no Polo Industrial de Camaçari, e a de Sergipe (Fafen-SE) serão fechadas até o final do primeiro semestre.

De acordo com a FUP, só com o fechamento da Fafen da Bahia cerca de 2 mil funcionários ficarão desempregados. Ainda hoje, o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-BA) participa de nova audiência pública na Câmara Municipal de Dias D’Ávila para denunciar os prejuízos do fechamento da fábrica.

A saída da Petrobras do segmento de fertilizantes, além de comprometer a soberania alimentar, já que importamos hoje mais de 75% dos insumos nitrogenados, coloca o Brasil na direção contrária de outras grandes nações agrícolas, cujos mercados de fertilizantes estão em expansão. O nosso país, por exemplo, é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo”, diz uma nota da FUP.